Preview Age of Empires 3: Definitive Edition — Fechando com chave de ouro

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Imagem: Xbox Game Studios/Divulgação

Age of Empires tem lugar cativo no coração de jogadores de todo o mundo. Muita gente aprendeu a amar games de estratégia e acabou viciando nesse estilo porque teve a oportunidade de brincar com táticas de guerra na série histórica. A franquia cresceu com os títulos RTS (Real Time Strategy) e ajudou a moldar estilos que são amados até hoje, como os MOBAs chefiados por League of Legends e Dota, por exemplo.

Entre os maiores jogos de estratégia de todos os tempos, a trilogia Age of Empires vem passando por reformulações e finalmente chegou ao último capítulo, não tão popular quanto Age of Empires II, mas inovador à própria maneira.

A Microsoft nos deu acesso antecipado ao Beta do game para testarmos alguns modos de jogo e mecânicas de Age of Empires III: Definitive Edition e liberou uma entrevista exclusiva com o diretor criativo do game, Adam Isgreen. Acompanhe as nossas primeiras impressões com algumas informações extras sobre o desenvolvimento.

A colonização das Américas e suas possibilidades

Na prévia, jogamos a campanha Sangue, Gelo e Aço, o modo Escaramuça contra a IA, além dos dois novos modos Arte da Guerra e Batalhas Históricas e um pequeno demonstrativo do multiplayer, que permite jogar com a comunidade de Insiders, que testa o jogo e dá feedbacks para a equipe de desenvolvimento.

Isgreen mencionou que as expansões de campanha Dinastias Asiáticas e Fogo e Sangue, que complementam a história, estarão presentes na versão Definitiva no lançamento. Apesar de ainda incompletas no teste, ter tantas formas de jogo na Beta foi muito bom, principalmente porque deu uma ideia da dimensão e do tamanho de Age of Empires III: Definitive Edition com uma ótima variedade de gameplay.

A história do jogo é bastante focada na colonização das Américas, mas há um número muito bom de civilizações, e isso pode permitir variar bastante nas estratégias e na jogabilidade por mapas diferentes, o que também influencia na forma como você define sua tática e por onde ataca com suas tropas, por exemplo.

A estética das civilizações é bastante extensa, com tropas e aldeões únicos entre os povos, levando em consideração todas as nuances e a cultura importantíssima de cada povo. Na versão de 2005, houve alguns problemas de representação das civilizações, o que parece ter sido corrigido na versão Definitiva, já que o próprio diretor confirmou que trabalhou com especialistas para ter um cuidado maior com esses detalhes.

"Decidimos consertar isso, trabalhando diretamente com consultores tribais para capturar de forma respeitosa e precisa a singularidade dos povos, da história e das culturas. Os jogadores que voltarem descobrirão que houve algumas mudanças nas civilizações nativas americanas, e esperamos que as achem tão atraentes quanto nós", comentou Isgreen.

Outras melhorias, como cinemática completamente refeita, gráficos 4K, novas missões, recursos de acessibilidade e outros ajustes de qualidade foram citadas na entrevista ao Voxel. Além dos novos modos de jogo, experimentamos as duas novas civilizações da franquia: Suecos e Incas. A nação europeia e o império sul-americano trazem estratégias e poderes que podem aumentar a gama de possibilidades.

Começamos a testar o game pela campanha Sangue, Gelo e Fogo com algumas missões que acompanham o personagem Morgan Black explorando o novo mundo. No geral, os objetivos trazem um pouco de tudo o que você gostaria de ver, com batalhas interessantes em mapas fechados e abertos, além de muitos momentos que pedem estratégia de guerra nos mares, onde você controla os navios para enfrentar piratas.

As missões vão se tornando cada vez mais desafiadoras, especialmente para quem não tem muito conhecimento do game. Isso porque você precisa variar as estratégias dependendo do mapa e do inimigo. Mesmo com a dificuldade, é gratificante jogar e vencer, pois recompensa com mais conhecimento e táticas para o restante do game.

Se você tem medo de não conseguir se adaptar às mecânicas, como produção de tropas, delegação de trabalhos para conseguir recursos ou importação de cartas da capital com seus pontos de habilidade — sistema clássico de Age of Empires III —, pode ficar mais tranquilo. O modo A arte da Guerra foi feito exatamente para diminuir a distância entre o que o jogo se tornou com sua variedade e os jogadores que acabaram de ingressar nesse mundo. Segundo Isgreen, esse modo foi baseado em Age II, no qual era possível se ambientar com as estratégias em um formato bem popular entre os jogadores.

Porém, percebemos que ele é bem básico, destinado para quem realmente está começando e quer aprender os controles principais para partir para os demais desafios. Os outros modos e a troca de experiência conquistada no multiplayer ou na campanha ainda são os melhores professores.

Por falar em professores, nada melhor do que aprender duas vezes nas disputas históricas. Testamos a batalha Argel, de 1516, na qual o foco maior é a defesa, e você precisa gerenciar piratas bárbaros para não cair no cerco dos espanhóis. Os objetivos e a inovação nesse formato empolgam bastante, servindo como uma ótima contraparte da campanha. Para o diretor criativo, essa foi uma grande adição, já que, ao contrário do modo campanha, há um verdadeiro contexto histórico que não parte para a ficção.

Escaramuçador e multiplayer também não podem ser deixados de lado, pois são os modos de jogo para testar seus conhecimentos. Outras civilizações, aliadas e inimigas, compartilham um mapa cheio de recursos, e você vai precisar ser muito esperto para conseguir vencer.

Uma das novidades mais legais, tanto para veteranos como para novatos, é que a estratégia de importar melhorias da metrópole está com todas as cartas desbloqueadas desde o início, eliminando as várias horas de jogo que seriam necessárias para ter todas elas no deck. Para Isgreen, "isso abre uma enorme quantidade de opções para os jogadores planejarem suas estratégias gerais, além de muitos outros jogos RTS, especialmente antes mesmo de a partida começar".

O que podemos esperar?

Recriar um jogo cultuado e de sucesso é uma tarefa muito difícil, uma vez que é preciso entender cada detalhe que deu a ele esse status, corrigir eventuais problemas e ao mesmo tempo trazer novidades importantes que façam valer a remasterização, além dos gráficos e da jogabilidade.

A franquia Age of Empires, em especial o terceiro jogo, foi responsável por trazer ótimas mecânicas e estabelecer sua legião de fãs. A versão Definitiva da fase III desse universo é um desafio, sem dúvida, mas o desenvolvimento dos games anteriores já havia se mostrado um acerto muito bem-vindo.

Com a ajuda dos Age Insiders, a chance de falhas é muito pequena. "Amamos nossos Age Insiders. Como alguns de nossos fãs mais apaixonados, eles são capazes de fornecer uma perspectiva que nos capacita a fazer o melhor jogo possível. Sentimos que ter um programa interno é essencial para cumprir nosso pilar central de comunidade e apoio".

A versão definitiva quer ser grande e mostra muito potencial para isso em seus modos de jogo. As novidades funcionam e deixam um gostinho de "quero mais" quando acabam, o que mostra que vai ser um game para se jogar por várias horas.

Age of Empires III: Definitive Edition pode ter entendido como um bom remaster funciona, preparando o terreno para a chegada do quarto capítulo da saga. O que vamos precisar descobrir no lançamento é se ele é capaz de dar mais evidência para o gênero RTS, que acabou perdendo seu glamour durante os anos. Seu principal trunfo pode ser a visibilidade do Xbox Game Pass, que abre espaço para velhos e novos jogadores.

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