Membros da Organização Mundial de Saúde devem se reunir nos próximos dias e analisar casos de vício em jogos eletrônicos pode ser classificado oficialmente como uma doença. Membros da indústria de games acham a medida precipitada, acreditando que esse assunto demanda mais tempo de diálogo e conhecimento de causa.
A OMS deve analisar a décima primeira versão da Classificação Internacional de Doenças, conhecida como ICD-11, e que incluiu "distúrbio ligado a jogos eletrônicos" pela primeira vez em 2018. Membros da Entertainment Software Association, que reúne empresas como a Epic Games, Activision Blizzard e Riot, protestaram contra a possibilidade, mas especialistas em saúde votarão as mudanças ainda esta semana, em Genebra, na Suíça.
Imagem: Reprodução/ABC News
A OMS pode definir um distúrbio o padrão de comportamento persistente de jogadores, online ou offline, que se manifesta por:
- Falta de controle sobre a atividade de jogos (frequência, intensidade, duração, quando terminar e contexto);
- Aumento de prioridade a jogos em detrimento a outras atividades e interesses diários;
- Continuidade ou escalada do ato de jogar games eletrônicos, desconsiderando as consequências negativas que isso pode trazer.
Além disso, a organização ainda diz que esse padrão de comportamento pode trazer resultados que causam detrimento a outras atividades pessoais, familiares, sociais, educacionais, ocupacionais e outras áreas importante para a funcionalidade de uma pessoa. Pacientes que demonstrem os sintomas por um período de 12 meses ou mais podem estar em risco.
A Organização Mundial de Saúde afirmou que a decisão de incluir distúrbio por jogos eletrônicos na ICD-11 baseada em relatórios com provas suficientes que refletem o consenso de especialistas, após consultas técnicas.
Fontes