TIM demite 500 funcionários de uma só vez no PR; portas estavam fechadas

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A operadora TIM demitiu hoje cerca de 500 funcionários que trabalhavam em uma central de atendimento ao cliente da empresa em Curitiba. Os colaboradores chegaram para trabalhar na manhã de hoje e encontraram as portas das salas fechadas. Segundo apurou a reportagem da Banda B, todos foram direcionados para um auditório, onde o anúncio da demissão coletiva foi feito.

Segundo nota oficial, a TIM disse que está realizando uma reorganização da empresa a fim de cortar gastos. Até 2017, a companhia espera economizar R$ 1 bilhão com ações como essa. Todos os funcionários demitidos em Curitiba faziam parte de um call center próprio da empresa. A demanda atendida na capital paranaense agora será direcionada a empresas terceirizadas. Apenas as centrais do Rio de Janeiro e de São Paulo permanecerão ativas, por enquanto.

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Fomos todos avisados da demissão de uma vez só, enquanto alegavam que precisavam entregar o prédio...

A Banda B conversou com alguns dos funcionários demitidos, e eles comentaram que boa parte das pessoas não tinha sido avisada da demissão em massa. “Chegamos para trabalhar e falaram que não era para logarmos porque haveria uma reunião no auditório. Fomos todos avisados [da demissão] de uma vez só, enquanto alegavam que precisavam entregar o prédio e que o que nós fazíamos lá será feito em outro estado”, disse uma recém-demitida funcionária da TIM identificada apenas como Daniela. Ela ainda explicou que só haviam boatos sobre a possibilidade, mas nada oficial.

Sindicato confirma

O sindicato que representa os funcionários confirmou que as demissões realmente aconteceram e que o número girava em torno de 500 pessoas. Mesmo assim, a instituição não afirmou se faria alguma coisa a respeito, pois ainda não teria recebido informações necessárias para isso.

Daniela acrescentou que foram feitos acordos com benefícios estendidos, além dos exigidos por lei em demissões do tipo. “Eu faço faculdade pela empresa, com eles pagando 80%; me falaram que até o fim do ano vão me ajudar com o benefício, mas, a partir daí, vou ter que me virar”, lamentou.

Corte de gastos

Em nota oficial, a TIM tentou explicar a situação. Confira:

“A TIM realiza uma reorganização em suas atividades de atendimento ao consumidor com objetivo de garantir uma melhor sinergia entre suas operações e o fornecimento de serviços e infraestrutura de alta qualidade. A partir de 8 de julho, as empresas AeC, AlmavivA e TMKT ampliarão suas atuações no teleatendimento ao cliente.

Segundo a TIM, todo o processo foi conduzido com a máxima responsabilidade perante os funcionários

As empresas são reconhecidas por sua experiência no mercado e continuarão seguindo um rígido padrão de controle e desempenho acompanhados de perto pela TIM. Todo o processo foi conduzido com a máxima responsabilidade perante nossos funcionários, em diálogo contínuo com os sindicatos, incluindo a oferta de um pacote diferenciado de suporte aos colaboradores impactados, que inclui extensão do plano de saúde por seis meses, indenizações adicionais (incluindo auxílio-creche e auxílio filho portador de deficiência) e um plano de suporte ao colaborador. Tais benefícios já podem ser considerados referência no setor.

Além das novas frentes de atendimento, a companhia mantém seus call centers próprios no Rio de Janeiro e em Santo André (SP), resultando em um melhor mix capaz de suprir a demanda de atendimentos de seus clientes, a exemplo das melhores práticas adotadas pelo setor.

A reorganização prevê eficiências acumuladas de R$ 1 bilhão até 2017

A reorganização segue as diretrizes do Plano de Eficiência da TIM, que contempla todas as suas áreas e prevê eficiências acumuladas de R$ 1 bilhão até 2017. As mudanças de processos e redistribuição de atividades de forma estratégica permitem manter o foco da companhia em serviços e infraestrutura que trazem mais competitividade e formas inovadoras de comunicação para toda a população”.

Não se sabe se a situação financeira da TIM é tão grave quanto a da Oi, que recentemente pediu recuperação judicial para conseguir renegociar uma dívida recorde de R$ 65,4 bilhões.

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