Sistema militar de rádio custou US$ 6 bilhões e nunca será usado

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Rádio Móvel Terrestre (GMR) (Fonte da imagem: Reprodução/Ars Technica)

Muitos projetos podem custar caro e levar um bom tempo até saírem do papel. No entanto, o Sistema de Rádio Tático em Conjunto (JTRS, na sigla em inglês), um programa militar dos Estados Unidos com o intuito de facilitar a comunicação entre soldados, acabou não dando certo. Falta de experiência no assunto e excesso de peso levaram tudo ao fracasso.

O JTRS teve seu início em 1997 e seria um projeto de comunicação via rádio que utilizaria um sistema operacional aberto para se ajustar a vários tipos de hardware. Esse tipo de arquitetura asseguraria que o software e os formatos de ondas utilizados trabalhassem uniformemente e estivessem disponíveis para todos os soldados.

O motivo? Diversos aparelhos eram utilizados em campo de batalha: os rádios de curto alcance eram designados para comunicação com equipes de reconstrução; os que possuíam alcance maior serviam para entrar em contato com quartéis; e rádios via satélite eram utilizados caso as montanhas bloqueassem a transmissão. Dessa forma, o projeto acabaria com tudo isso.

Composição do GMR (Fonte da imagem: Reprodução/Ars Technica)

No entanto, a invenção acabou se tornando a própria bagunça em si. Ela envolveu vários contratos bilionários e cinco outros subprogramas, sendo o Rádio Móvel Terrestre (GMR, na sigla em inglês) o principal deles. Tudo isso gerou um desastre financeiro, fazendo com que o dinheiro fosse aplicado em uma tecnologia que não teria uso prático. Para dificultar mais ainda, o aparelho criado pesava cerca de 93 kg, transformando a mobilidade em algo impossível.

O Exército Militar cancelou o projeto em outubro de 2011, mas o futuro da tecnologia utilizada ainda não é certo, uma vez que alguns programas baseados no JTRS ainda estão ativos. Se você ficou curioso e quer saber mais, a trajetória completa e todos os detalhes do projeto podem ser vistos aqui, em inglês.

Fontes: Ars Technica, The Verge

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