Veja como eram os tablets na década de 1990

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Os gadgets atuais são mais poderosos do que o computador responsável por levar o homem à Lua pela primeira vez. Duvida? Conheça as especificações técnicas dos sistemas adotados pela missão Apollo 11 por meio deste link. Mas e quanto ao passado dos famigerados mobiles? Duas décadas após colocar os pés sobre terreno lunar, a humanidade começou então a perceber o potencial de eletrônicos portáteis para uso cotidiano: eis que surge o conceito levado a cabo até os dias de hoje; nascem, então, os tablets. Acompanhe a seguir 4 icônicos aparelhos lançados durante a “gestação” dos dispositivos inteligentes móveis.

GRiDPad (1989 – preço: US$ 3 mil)

Lançado em 1989, o GRiDPad foi um dos primeiros tablets que chegou ao mercado. Com mais de 2 Kg e espessura de 1,4 polegadas, o aparelho, na época, era considerado “um dos mais compactos”, conforme informa a coletânea feita pelo Phone Arena. Com processador 80C86 de 10MHz, 1 MB de memória RAM e tela de 10 polegadas, o display monocromático contava com a resolução de 640 X 400 pixels; cartões com 256 ou 512 KB podiam ser ainda inseridos.

Um modem interno era capaz de transferir cerca de 2,5 KB por segundo – um componente considerado também avançado há algumas décadas. Um HD com 20 MB podia ser opcionalmente acoplado ao GRiDPad – isso se o usuário não se importasse em carregar mais 1,36 Kg consigo. Uma modificação na versão 3.3 do DOS fez com que toque em tela e reconhecimento de escrita fossem possíveis.

E este de fato encorpado gadget podia ser adquirido pela “bagatela” de até US$ 3 mil. Cerca de 10 mil unidades do GRiDPad foram vendidas em 1990. O exército norte-americano e empresas como Chrysler, por exemplo, usaram estes aparelhos para gerenciar seus estoques – função esta executada com certa maestria pelo tablet.

Toshiba T100X (1993 – preço: US$ 3.500)

Chamado de T100X pela Toshiba (sob o codinome de Dynapad no Japão), este computador móvel foi lançado em 1993. Com peso de 1,5 Kg, equipado com uma variante para baixa voltagem do processador Intel 386 (25 MHz), 4 MB de memória RAM e um HD com capacidade de 40 MB, este “monstro” suportava de 2 a 3 horas de uso com sua bateria NiMH.

A tela monocromática de 9,5 polegadas com resolução de 640 X 480 pixels era capaz de exibir até 16 tons de cinza. O sistema operacional do T100X era o Windows 3.1. E quanto ao preço? Estariam autorizados a levar para casa o tal gadget quem tivesse “somente” US$ 3.500 para desembolsar. Um leitor de discos podia ser também acoplado ao aparelho (acessório este vendido separadamente).

Fujitsu Stylistic 1000 (1996 – preço: US$ 3 mil)

Desenvolvendo computadores desde 1990, a Fujitsu foi uma das pioneiras mais reconhecidas no campo da computação. A companhia, certamente inspirada pelo horizonte inaugurado pelos mobiles, lançou então em 1996 o Stylistic 1000. Com tela de 8 polegadas e resolução de 640 X 480 pixels, o display monocromático era acessório padrão do dispositivo; um CSTN de 256 cores podia ser, contudo, adquirido como periférico.

Equipado com um processador AMD 486DX4 de 100 MHz e com variações de 8 a 40 MB de memória RAM, um HD com 340 MB integrava também o corpo do computador portátil. O equipamento todo tinha o peso de 1,7 KG e 1,6 polegadas de espessura; o preço do Fujitsu Stylistic 1000 ficou cravado em cerca de US$ 3 mil.

Atari STylus (1991) – não comercializado

Sob o nome de Atari STylus (que pode referir-se também ao Atari STPad), o projeto foi anunciado em 1991, mas abandonado algum tempo depois. De acordo com os desenvolvedores, problemas no reconhecimento de escrita a mão fizeram com que a produção do dispositivo não fosse realizada – fato este que não levou o tablet ao mercado, portanto.

As especificações técnicas deste outro colosso dos computadores móveis eram as seguintes: CPU Motorola 68000 (componente este bem conceituado nos idos de 1990) e 1 MB de RAM. E quanto ao HD? A proposta da fabricante era vender um aparelho que exigiria a troca constante de cartões de memória – sim, o Atari STylus não possuía Hard Drive.

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