Cerca de 39,4% do mercado fonográfico no Brasil em 2016 vem de streaming

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Se você achou que plataformas como Spotify, Deezer, Google Play Music, Apple Music e outros não iriam colar, muito menos no Brasil, você estava enganado. Um estudo realizado pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica, por meio da Pró-Música Brasil, revelou que o streaming foi responsável por 39,4% do mercado fonográfico no Brasil no ano passado.

O Brasil está imerso na região que mais cresceu no consumo de música via streaming, a América Latina

Isso mostra um crescimento de 52,4% no uso desse tipo de plataforma para o consumo de música apenas em 2016. Por outro lado, houve uma queda de 43,2% nas vendas físicas, algo que já vem acontecendo a algum tempo, deixando CDs e outras mídias menos populares pegando poeira nas prateleiras das lojas. Outra mudança interessante no mercado fonográfico foi a diminuição do número de downloads de música, em cerca de 20,5%.

O Brasil está imerso na região que mais cresceu no consumo de música via streaming, a América Latina. Com 112 milhões de usuários, ela apresentou um aumento de 12% nas transmissões de áudio musical, enquanto outras áreas ficaram muito para trás, com América do Norte em segundo (7,9%), Oceania em terceiro (7,1%), Ásia em quarto (4,7%) e Europa por último (4%).

Problemas pela frente?

A pesquisa também fez um levantamento que mostra uma grande disparidade entre plataformas de streaming. Em 2015, o Spotify teria pago para gravadoras e artistas cerca de US$ 20, ou R$ 65, em média, por cada usuário que possui na plataforma. No caso do YouTube, que não pode ser colocado na mesma categoria que o Spotify, mas ainda assim veicula uma imensa quantidade de música, apenas US$ 1, ou R$ 3,3, foi destinado aos músicos e selos de publicação.

O problema com essa disparidade deve ser resolvido em breve pelos órgãos responsáveis pelos direitos musicais e pelo pagamento de artistas e gravadoras

O problema com essa disparidade deve ser resolvido em breve pelos órgãos responsáveis pelos direitos musicais e pelo pagamento de artistas e gravadoras, que se sentem lesados. O Spotify, apesar de realizar um pagamento muito maior, é alvo também do descontentamento de músicos, que afirmam que a plataforma rouba vendas de mídias físicas e repassa um valor extremamente baixo para os autores das músicas.

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