Cartões podem perder US$300 milhões devido à invasão na Sony

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Reuters. Por Maria Aspan e Clare Baldwin - As operadoras de cartões de crédito podem enfrentar mais de 300 milhões de dólares em custos de substituição se os clientes afetados pela violação de dados na Sony decidirem solicitar a substituição de seus cartões.

Analistas haviam estimado anteriormente que o incidente custaria mais de 1,5 bilhão de dólares à Sony, mas esta é a primeira estimativa quanto ao valor dos prejuízos para as grandes bandeiras de cartões de crédito.

"Não é um valor insignificante", disse Sanjay Sakhrani, analista da Keefe, Bruyette & Woods, à Reuters, durante uma conferência do setor de pagamentos em Miami Beach.

O FBI está trabalhando com promotores federais norte-americanos em San Diego para determinar os fatos e circunstâncias relacionados aos supostos crimes, declarou na quinta-feira Darrell Foxworth, porta-voz do FBI.

Cada cliente que tiver de substituir seu cartão pode custar às operadoras de cartões entre três e cinco dólares por cartão, disseram diversos analistas à Reuters, na quarta e quinta-feira. Os custos incluiriam o cartão em si, a remessa e diversos custos de atendimento ao cliente.

Em abril, hackers invadiram a PlayStation Network, da Sony, e roubaram nomes, endereços e possivelmente dados de cartões de crédito de 77 milhões de usuários. A Sony desativou a rede em 19 de abril, mas demorou cerca de uma semana para revelar que o sistema havia sido invadido por hackers e que dados de clientes podiam ter sido roubados.

As operadoras de cartões de crédito também podem perder negócios de clientes afetados pelo roubo de dados, mesmo que substituam os cartões rapidamente. Cartões novos demoram a ser ativados, e enquanto isso não acontece os clientes podem utilizar cartões diferentes, afirmou Julie Conroy McNelley, analista do Aite Group, em e-mail à Reuters na quinta-feira.

Os consumidores podem relutar em usar um cartão que vejam como de maior risco porque esteve envolvido em incidente de hacking, mesmo que a violação de segurança não seja responsabilidade da operadora do cartão, afirmou Conroy McNelley.

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