Cellebrite: conheça o software usado na investigação do caso Henry

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Nas últimas semanas, a morte do menino Henry Borel, de quatro anos, ganhou repercussão na mídia brasileira. Para investigar a relação do vereador Dr. Jairinho, padrasto do garoto e da mãe Monique Medeiros, a polícia do Rio de Janeiro utilizou um programa israelense chamado Cellebrite Premium.

O chefe da Polícia Civil do Rio afirmou que a tecnologia foi fundamental para esclarecer detalhes do caso e ter certeza de que o vereador agredia Henry.

O que é?

A ferramenta é voltada exclusivamente para o uso de autoridades policiais e tem capacidade de desbloquear celulares e acessar mensagens e outros dados apagados do dispositivo. O serviço, disponibilizado pela empresa especialista em dispositivos para extração de dados, Cellebrite, foi pensado para ajudar autoridades em investigações.

Segundo a organização, o software consegue desbloquear celulares com Android e iOS, contando com um laboratório com “especialistas certificados em inteligência digital”.

HenryPrints tirados de conversas entre a babá da família e Monique, mãe de Henry (Reprodução/Polícia Civil do RJ)

Como funciona o Cellebrite Premium

O funcionamento do serviço é um segredo comercial. Sabe-se, no entanto, que a empresa utiliza uma combinação de softwares e hardwares para encontrar brechas de segurança e extrair dados do celular. Considerando que os investigadores que utilizam o programa devem preservar a validade jurídica da prova, a ferramenta evita qualquer manipulação ou alteração de dados do aparelho.

Em relação à extração de dados que já foram apagados pelo usuário, especialistas afirmam que nenhuma informação é realmente excluída de um aparelho. Em vez disso, o sistema marca o espaço do arquivo como livre, mas guarda endereços da memória no dispositivo, tornando possível o “resgate” da informação.

Além do caso da última semana, soluções da Cellebrite já foram utilizados em outras investigações brasileiras, como nas operações da Lava Jato e no caso da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes. Em casos no exterior, a tecnologia foi usada na Operação Enterprise, que investigou tráfico internacional de drogas.

Descobertas da polícia carioca

Os celulares de Monique, Jairo e Leniel Borel, pai da criança, foram apreendidos no último dia 31. Com o aparelho da mãe, foi possível recuperar conversas com a babá da criança em que a funcionária afirma que o padrasto agredia Henry. Ao que tudo indica, as agressões tinham consentimento de Monique.

No dia da prisão, Jairo e Monique tentaram jogar seus celulares para fora da janela e, assim, destruir provas, mas os aparelhos foram apreendidos pelas autoridades.

Fontes

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