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Até o ICQ voltou a crescer com a polêmica envolvendo o WhatsApp

Mensageiro jurássico ainda existe, agora é russo e teve boom de usuários em janeiro de 2021

Avatar do(a) autor(a): Nilton Cesar Monastier Kleina

26/01/2021, às 09:00

Até o ICQ voltou a crescer com a polêmica envolvendo o WhatsApp

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Os mensageiros concorrentes estão se aproveitando bastante da polêmica mudança nos termos de uso do WhatsApp, que envolve o compartilhamento de dados de usuários com o Facebook e até foi adiada por causa da péssima recepção. Porém, não são apenas os serviços modernos e rivais diretos que se beneficiaram dessa onda: até mesmo uma plataforma bem antiga e que continua na ativa voltou a crescer.

Segundo o jornal The Wall Street Journal, o bom e velho ICQ teve um impulsionamento de downloads e recadastramentos desde que o escândalo envolvendo o WhatsApp estourou. A situação tem um foco específico: Hong Kong, onde uma grande parcela da população decidiu adotar o aplicativo em vez de Telegram ou Signal.

De acordo com dados da reportagem, a adoção em Hong Kong e outros países fez a quantidade de usuários ativos simultâneos crescer em 15 vezes em relação à base atual, colocando o ICQ até em posições altas em rankings de downloads de lojas digitais de aplicativos. Até mesmo o Google Trends registrou um pico de buscas pelo programa nostálgico, com números que não eram atingidos desde 2011. Tudo isso não deve ser o suficiente para devolver o mensageiro a uma posição competitiva nesse setor, mas deve satisfazer a nostalgia de muitos usuários.

Por onde anda?

Lançado em 1996, o ICQ dominou a comunicação pela internet até a popularização do MSN (depois Windows Live Messenger). O serviço ainda está no ar, agora sendo uma propriedade da empresa russa Mail.Ru Group.

O ICQ já foi tema do quadro de História da Tecnologia no canal do TecMundo no YouTube. Confira acima!



Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.