A Huawei tem um plano para substituir o Android, caso seja necessário

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Três das cinco maiores fabricantes de celulares do mundo em 2017 são empresas chinesas que lançam smartphones equipados com o Android. Isso mostra a importância que o sistema operacional desenvolvido pelo Google tem na China, onde ser impedido de utilizá-lo, como pode acontecer com a ZTE, tem potencial para afetar seriamente até mesmo companhias gigantes.

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É por isso que a Huawei, a maior fabricante chinesa, está desenvolvendo um sistema operacional próprio para utilizar em seus celulares, como informaram quatro fontes ouvidas pelo jornal South China Morning Post. O processo teria começado em 2012, quando teve início a investigação do governo dos EUA que terminaria punindo a ZTE por violar uma sanção comercial ao vender tecnologia para o Irã.

Um celular.O Huawei P20 Pro foi lançado em abril e está vendendo bem na Europa.

Esse plano teria vindo diretamente de Ren Zhengfei, fundador da Huawei, e nunca chegou a ser abandonado, servindo como uma espécie de “plano B” caso a situação exigisse o abandono do Android. Uma das fontes disse ainda que o sistema operacional chinês teria versões para tablets e também para PCs.

O maior problema para uma possível mudança do tipo seria o mercado internacional, exatamente onde a Huawei vem investindo nos últimos anos. Não poder oferecer os serviços do Google praticamente inviabilizaria o atual sucesso na Europa, algo que também aconteceria caso a fabricante não receba o apoio de desenvolvedores e seus aplicativos.

Pode ser que nada disso aconteça

Mas parece que esse cenário está longe de acontecer, pelo menos de acordo com a própria empresa. Em entrevista, o presidente Zhao Ming, da Honor, marca de smartphones da Huawei, falou sobre o caso. “Não há dúvidas de que a Huawei é capaz de fazer isso, mas acho que, por enquanto, isso não é necessário, visto que trabalhamos próximos ao Google e vamos continuar utilizando o sistema Android”, disse.

O mais provável é que a Huawei siga uma estratégia parecida com a que tem desenvolvido para seus processadores Kirin. Eles são atualmente utilizados em alguns smartphones da empresa, embora ela continue importando grandes volumes de produtos da Qualcomm e da MediaTek. Assim, seu modelo de negócios não seria tão afetado caso não pudesse continuar fazendo negócios com as empresas estrangeiras.

Procurada para comentar sobre o caso, a Huawei disse apenas que “não tem planos de lançar seu próprio sistema operacional em um futuro próximo. Nós focamos em produtos movidos pelo Android e adotamos uma atitude aberta em relação a sistemas operacionais móveis”.

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Fontes

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