Um ataque cibernético contra a Petróleos de Venezuela S.A. (PDVSA), que causou a paralisação das operações da estatal no último final de semana, teria sido lançado pelos Estados Unidos. A acusação foi feita pelo governo venezuelano na segunda-feira (15).
A campanha maliciosa supostamente liderada por Washington ocorre em meio ao aumento das tensões entre os dois países, com a apreensão de um petroleiro venezuelano na semana passada. Além disso, Donald Trump, presidente dos EUA, ameaçou iniciar uma invasão terrestre à Venezuela.
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Operações afetadas no ciberataque à PDVSA
A estatal de petróleo venezuelana negou que suas operações tenham sido suspensas em decorrência do ataque cibernético. Conforme a companhia, as violações se limitaram aos sistemas administrativos, mas um documento interno visto pela Bloomberg indica o contrário.
- Segundo o relatório, as equipes operacional e administrativa da PDVSA foram orientadas a se desconectar da rede e desligar os computadores;
- Fontes ouvidas pela reportagem afirmaram que os sistemas de gerenciamento do principal terminal de petróleo da Venezuela continuava indisponível dois dias após a violação;
- Uma apuração feita pela Reuters sugere o mesmo cenário, apontando que todos os sistemas da petrolífera estavam fora do ar e as entregas de carga suspensas;
- Já a produção, o refino e a distribuição doméstica não sofreram impactos graves, embora os trabalhos precisassem ser registrados manualmente.
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“Essa tentativa de agressão faz parte da estratégia pública do governo dos EUA para apreender o petróleo venezuelano pela força e pela pirataria”, declarou a estatal, em comunicado. Ela também disse que o ataque “busca minar o direito do país ao desenvolvimento energético soberano”.
Como destaca a agência de notícias, o governo venezuelano responsabiliza, com frequência, a Agência Central de Inteligência (CIA) e outras entidades americanas por apagões e outros problemas na estatal. Porém, as autoridades locais não têm apresentado provas dessas supostas ações.
EUA não se pronunciam
A petrolífera não forneceu detalhes adicionais do ciberataque, mas há relatos de uma tentativa de implantar ransomware nos sistemas da companhia na semana passada. Após o uso de antivírus para impedir a ação do agente malicioso, os computadores teriam começado a apresentar problemas.
Nesse tipo de campanha maliciosa, arquivos da vítima são criptografados pelos invasores que, geralmente, solicitam pagamento de resgate para liberar o acesso. A petrolífera diz ter se recuperado do ataque cibernético.
O Departamento de Estado dos EUA ainda não se pronunciou sobre a acusação de ciberataque contra os sistemas da PDVSA.
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