iPhones de ativistas do Bahrein são invadidos pelo Pegasus

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Os iPhones de nove ativistas dos direitos humanos do Bahrein foram hackeados pelo governo local com o programa espião Pegasus, em ataques ocorridos entre outubro de 2019 e fevereiro de 2021. É o que revela uma investigação feita pelo Citizen Lab, divulgada nesta terça-feira (24).

De acordo com a instituição ligada à Universidade de Toronto (Canadá), os telefones foram alvo de ataques de clique zero, que não dependem de nenhuma ação da vítima. A campanha teria se aproveitado de uma vulnerabilidade no iMessage para instalar o spyware do NSO Group.

No relatório, os pesquisadores afirmam que pelo menos um dos celulares monitorados rodava a versão mais recente do iOS. Além disso, o malware israelense conseguiu se infiltrar no dispositivo mesmo com o novo recurso BlastDoor, que seria capaz de reforçar a segurança do mensageiro, segundo a Apple.

Os iPhones mais recentes também podem ser invadidos pelo Pegasus.Os iPhones mais recentes também podem ser invadidos pelo Pegasus.Fonte:  Unsplash 

Por conta da capacidade de burlar a nova ferramenta de proteção disponibilizada pela Maçã, a exploração da vulnerabilidade foi batizada pelos pesquisadores canadenses de “ForcedEntry”. Eles disseram ainda ter avisado a companhia de Cupertino sobre o ataque assim que encontraram as evidências das invasões.

Apple condena ataques

Procurado pelo TechCrunch, o chefe de engenharia e arquitetura de segurança da big tech, Ivan Krstic, condenou os ataques direcionados às pessoas que “buscam tornar o mundo um lugar melhor”. Ele também disse que a empresa tem investido em novas soluções para proteger os usuários, mas não confirmou se a falha no iMessage foi corrigida.

Já o governo do Bahrein negou as acusações, afirmando que são baseadas em “alegações infundadas e conclusões equivocadas”. As autoridades do país também disseram estar empenhadas em “salvaguardar os direitos e liberdades individuais”.

Declaração semelhante foi dada pela dona do Pegasus à Forbes, dizendo não ter tido acesso aos dados do Citizen Lab. Apesar disso, o NSO Group comentou que investigaria as denúncias de uso indevido da ferramenta.

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