Zoom: autoridades alemãs aconselham governo a não usar o app

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Imagem: Zoom/Divulgação

O governo do estado de Hamburgo, na Alemanha, foi aconselhado a parar de usar como ferramenta de trabalho o Zoom, aplicativo de videoconferência que ganhou notoriedade em todo o mundo desde o início da pandemia do novo coronavírus. A sugestão foi dada nessa segunda-feira (16) pela Agência de Proteção de Dados (DPA) alemã.

De acordo com a DPA, o uso da popular ferramenta de videochamadas viola o Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia (GDPR). O órgão explica que o serviço online envia os dados dos usuários para os Estados Unidos, onde são processados, contrariando a legislação do bloco europeu.

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A preocupação em relação ao tratamento das informações segue uma decisão do tribunal da União Europeia no ano passado, invalidando o acordo entre o bloco e os EUA. Na ocasião, as autoridades europeias consideraram a lei de vigilância americana incompatível com os direitos de privacidade dos países da região.

O Zoom se tornou um dos apps de videoconferência mais usados do mundo.O Zoom se tornou um dos apps de videoconferência mais usados do mundo.Fonte:  Unsplash 

No comunicado divulgado à imprensa, a agência sugeriu ao governo de Hamburgo substituir o Zoom por uma ferramenta semelhante fornecida pela empresa nacional Dataport. Segundo a DPA, o programa de videoconferência alemão está disponível para todos os órgãos públicos do país e não transmite dados para terceiros.

Negociações com o governo americano

As ferramentas de comunicação do Facebook e os serviços em nuvem da Amazon e da Microsoft também estão sob os olhares dos legisladores europeus. O motivo é o mesmo que gerou preocupação com o Zoom, ou seja, a falta de transparência em relação ao tratamento dos dados, quando eles são processados em terras americanas.

Para tentar resolver o problema, a Comissão Europeia tem negociado um novo acordo para a transferência dos dados com a administração de Joe Biden. No entanto, as autoridades do Velho Continente ressaltam ser necessário reformar a lei de vigilância americana atual antes que qualquer decisão seja tomada.

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