Apple investiga app saudita que deixa homem controlar e vigiar mulher

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O CEO da Apple Tim Cook afirmou que sua equipe está investigando um aplicativo que permite o rastreamento e o cerceamento da liberdade de ir e vir de mulheres na Aurábia Saudita. A afirmação foi entregue em entrevista para a NPR.

De acordo com o Insider, o aplicativo Absher é usado por homens sauditas para acessar serviços governamentais. Disponível também na Google Play Store, além da App Store, o Absher permite que os homens registrem mulheres como “dependentes” no aplicativo. Dessa maneira, com o nome completo, número de passaporte e de outros documentos, é possível limitar a capacidade de realizar viagens, por exemplo.

O app Asher possui mais de 11 milhões de usuários

Faz tempo que a Anistia Internacional joga luz sobre o caso, citando que ele faz parte de um “sistema perturbador de discriminação”. O senador democrata dos Estados Unidos Ron Wyden também enviou uma carta para o Sundar Pichai, CEO da Google, retirar o aplicativo de sua loja: “Ao avaliar se um aplicativo deve ser permitido, os provedores de armazenamento de aplicativos devem considerar o contexto mais amplo do objetivo do aplicativo, como ele é usado na prática e se ele facilita sérios abusos. As empresas devem aplicar um exame extra aos aplicativos operados pelo governo, em particular”.

Na Arábia Saudita, mulheres não podem vigiar sem a permissão de um homem. Pelo aplicativo, além da habilidade de viajar, homens podem impedir que mulheres dependentes se casem ou consigam um emprego. O app Asher possui mais de 11 milhões de usuários.

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