TSA é acusada de inspecionar smartphones de passageiros sem mandado nos EUA

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Uma organização de defesa das liberdades civis entrou com um processo contra a Transportation Security Administration (TSA), a autoridade responsável pela segurança nos transportes nos Estados Unidos. A alegação é de que o órgão estaria inspecionando, sem mandado judicial, os dispositivos eletrônicos de passageiros que transitam pelos aeroportos americanos. Segundo a American Civil Liberties Union of Northern California (ACLU), autora da ação, a conduta da TSA, considerada abusiva, tem sido observada até mesmo nos voos domésticos, cujas restrições de segurança costumam ser menos severas que as adotadas nos internacionais.

Em comunicado, Vasudha Talla, advogada da ACLU, declarou que “as políticas do governo [norte-americano] para inspecionar telefones, laptops e tablets de passageiros são obscuras”. A organização recorreu à Lei de Liberdade de Informação (Freedom of Information Act, ou FOIA) para solicitar acesso a detalhes sobre essas políticas, os equipamentos usados e o treinamento dado aos encarregados. A ideia é estudar a conduta adotada pela TSA para, a partir daí, solicitar mudanças nas averiguações a que os passageiros vêm sendo submetidos.

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Sem mandado, TSA fere privacidade

Para a advogada, o fato de a TSA vasculhar os dispositivos eletrônicos sem qualquer justificativa é uma ameaça à privacidade. “Não sabemos como as autoridades escolhem as pessoas que são inspecionadas nem o que buscam nos aparelhos. Todos têm informações pessoais em seus dispositivos, então consideramos questionável que o governo aja assim, sem oferecer garantias”, disse.

Questionada pelo portal Ars Technica, a TSA não emitiu qualquer declaração sobre o assunto. Ao jornal britânico The Guardian, o porta-voz do órgão, Matt Leas, recusou dar qualquer esclarecimento além da declaração de que a TSA “não faz buscas no conteúdo dos dispositivos”.

Recentemente, outra questão relacionada à segurança gerou indignação entre usuários do transporte aéreo nos Estados Unidos: preocupadas com a possibilidade de incêndio em baterias de íon-lítio, algumas companhias aéreas têm recusado, por engano, o embarque de itens autorizados, como determinados modelos de malas inteligentes equipados com portas USB.

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