Associação entre problemas cardíacos e frituras é um mito, afirmam cientistas

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Embora relacionar frituras e problemas cardíacos já seja um “lugar-comum”, fato é que essa associação nem sempre é verdadeira. De acordo com uma pesquisa publicada no British Medical Journal, os malefícios à saúde podem ter mais a ver com a gordura escolhida do que com o ato de fritar alimentos em si.

O estudo analisou consumidores de alimentos fritos na Espanha — onde os óleos de girassol e de oliva são utilizados na grande maioria das vezes — desde a metade dos anos 1990 até 2004. Os participantes foram então divididos em quatro grupos, de acordo com a frequência com que ingeriam frituras.

A pesquisa buscou encontrar alguma relação entre o consumo e problemas graves de saúde — ataques cardíacos e angina que necessitasse de cirurgia, por exemplo. O resultado revelou que não havia diferenças significativas no número de incidências de problemas cardiovasculares entre os grupos. No total, houve 606 incidentes ligados a doenças, todos divididos de forma relativamente uniforme.

Dessa forma, os autores concluíram: “em um país mediterrâneo, no qual os óleos de girassol e oliva representam a escolha mais comum de gorduras para fritura, e onde grandes quantidades de alimentos fritos são consumidos em casa ou na rua, não foi observada nenhuma associação entre o consumo de alimentos fritos e o risco de morte ou de problemas coronarianos”.

Entretanto, antes que você se anime para fritar uma enorme porção de batatas, vale acrescentar: os pesquisadores afirmam que conclusão é extensível apenas para países em que a dieta é semelhante à da Espanha. Em outras palavras, os resultados não significam que refeições frequentes de peixe e batata não trarão malefícios para a saúde.

De fato, os pesquisadores alertam que comidas com muitas calorias têm ligação com problemas de pressão e obesidade. “Na verdade, nós recomendamos que se troquem as gorduras saturadas, como manteiga e banha, por óleos não saturados, a fim de manter o seu colesterol baixo, e esse estudo apenas reforça a necessidade dessa mudança”. Enfim, não... Não se trata de um passe-livre para o fast-food.

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