Culpa das baterias: Samsung explica as explosões do Galaxy Note 7

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Conforme o prometido pela Samsung, a companhia divulgou no último domingo (22) o resultado de suas investigações sobre as explosões do Galaxy Note 7. A conclusão do time de 700 engenheiros, que testou 200 mil dispositivos e 30 mil baterias, é que o problema foi resultado de processos de produção falhos nos componentes que forneciam energia aos aparelhos.

Segundo a fabricante, as baterias do smartphone eram disponibilizadas por duas grandes fornecedoras. Os componentes chamados de “Bateria A” foram os primeiros a apresentar problemas devido a uma deformidade em seu canto superior direito que fazia com que seus eletrodos dobrassem e entrassem em combustão — esse defeito também tornava a bateria grande demais para o espaço destinado a acomodá-la.

Já a “Bateria B”, usada nos aparelhos resultantes do primeiro recall, apresentava um problema ligeiramente diferente. Segundo a Exponent, companhia que trabalhou na análise do defeito, o design dessa parte não era exatamente problemático. No entanto, defeitos no processo de produção faziam com que a camada isolante que separa eletrodos positivos de negativos fosse perfurada, gerando as explosões.

Infográfico divulgado pela Samsung explica as raízes do problema

Além disso, a Samsung afirma que, na pressa de produzir o maior número de baterias possível para não perder vendas, muitas delas usaram uma quantidade insuficiente de isolante. Além da Exponent, a fabricante também contou com a ajuda da UL e da TUV Rheinland para destrinchar cada detalhe do problema.

Tentativa de retomar a confiança

Muitos dos problemas gerados pelo Galaxy Note 7 são resultado de um baixo padrão de qualidade em linhas de produção

A divulgação dos resultados é parte da estratégia da Samsung para retomar a confiança dos consumidores ao ser mais transparente na maneira como faz seus negócios. No entanto, é preocupante ver que muitos dos problemas gerados pelo Galaxy Note 7 são resultado de um baixo padrão de qualidade em linhas de produção — algo que os consumidores definitivamente não esperam ao comprar aparelhos tão caros.

A primeira grande “prova de fogo” que a companhia vai ter que enfrentar em sua tentativa de retomar a confiança do público é o Galaxy S8. Qualquer problema que ocorra com o dispositivo talvez seja a “gota d’água” para muitos consumidores que, diante de uma situação do tipo, podem migrar de vez para as concorrentes, processo que beneficiaria principalmente a Apple.

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