A ByteDance finalmente firmou um acordo para transferir o controle do TikTok nos Estados Unidos a um grupo norte-americano. Segundo memorandos obtidos pelos portais NPR e Axios, além de fontes com conhecimento direto do assunto, a plataforma passará a ser administrada por um consórcio de investidores liderado por Oracle, Silver Lake e MGX.
O acordo ainda corre sob sigilo, mas representa um passo decisivo para encerrar uma disputa que se arrasta há anos e que colocou em risco a continuidade do TikTok no mercado norte-americano.
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Quem passa a controlar o TikTok nos EUA
Com a nova estrutura, Oracle, Silver Lake e MGX deterão, juntas, 45% da nova entidade responsável pelo TikTok nos Estados Unidos — com 15% para cada empresa. A ByteDance, por sua vez, manterá uma participação de 19,9%, enquanto os 30,1% restantes ficarão com afiliados de investidores atuais da companhia chinesa.
Apesar da mudança de controle, o algoritmo do TikTok continuará sendo propriedade da ByteDance. No entanto, ele será reprogramado para operar exclusivamente com dados de usuários norte-americanos e passará por auditorias conduzidas por entidades dos Estados Unidos.
Algoritmo, moderação e regras de conteúdo
De acordo com os documentos, as regras e a moderação de conteúdo dessa ramificação ficarão sob responsabilidade dos novos controladores. O objetivo é atender às exigências regulatórias do país, especialmente no que diz respeito à segurança nacional e à proteção de dados.
No memorando, o TikTok afirma que o acordo permitirá que os usuários dos EUA “continuem descobrindo um mundo de infinitas possibilidades como parte de uma comunidade global”, sinalizando a intenção de manter a experiência da plataforma mesmo com as mudanças estruturais.
O fim de uma disputa de anos
O acordo surge como o aparente desfecho de uma longa disputa política e regulatória. Em janeiro deste ano, o TikTok chegou a ser banido nos Estados Unidos — ainda que por apenas um dia. Logo após assumir o cargo, o atual presidente dos EUA, Donald Trump concedeu um novo prazo para negociações, mantendo o aplicativo disponível no país.
Ao longo do processo, a ByteDance resistiu em ceder o controle da plataforma, chegando a afirmar que preferia interromper as operações nos EUA a vender o aplicativo para uma empresa norte-americana. Um dos principais pontos de atrito sempre foi o algoritmo de recomendações, considerado um dos maiores ativos da companhia e utilizado em outros serviços do grupo.
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