Instagram lucra com conteúdos pró-distúrbio alimentar, diz estudo

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O Instagram está promovendo e lucrando com conteúdos pró-distúrbio alimentar para jovens, incluindo crianças abaixo dos 10 anos. É o que diz o relatório “Projetando para a desordem: a bolha pró-distúrbio alimentar do Instagram” realizado pela Fairplay, grupo de defesa infantil. Conforme o estudo, a plataforma teria lucrado US$ 227,9 milhões com este tipo de conteúdo.

O estudo analisou os algoritmos que determinam quais conteúdos serão recomendados para cada usuário. Segundo a organização, a rede social criou bolhas que promovem “imagens, memes e vídeos incentivando dietas restritivas e extrema perda de peso”.

O grupo analisou 153 perfis públicos com mais de mil seguidores que publicam imagens de mulheres magras com ossos salientes ou posts sobre comer 300 calorias diariamente. Este ambiente virtual, teria sido acessado por mais de 20 milhões de indivíduos.

Nos Estados Unidos, a idade média de usuários na bolha de distúrbios alimentares é de 20 anos, no entanto, 25% destes dizem em seus perfis que são menores de idade. Segundo Fairplay, os projetos de lei como Kids Online Safety Act (Ato de Proteção de Crianças Online) e outras propostas que abordam como as plataformas são projetadas estão “atrasadas” e eles pedem por uma maior regulamentação.

(Fonte: Shutterstock/Reprodução)(Fonte: Shutterstock/Reprodução)Fonte:  Shutterstock 

Resposta da Meta

Em resposta a Fairplay, a Meta anunciou que não pôde ter uma visão geral, visto que o grupo não disponibilizou a pesquisa completa. No entanto, a empresa reforçou que irá utilizar informações como a bio dos usuários para “identificar e remover” usuários menores de 13 anos. Não ficou claro no relatório se esses perfis foram denunciados.

A Meta ainda disse que está buscando o equilíbrio entre “remover qualquer conteúdo que incentive ou promova distúrbios alimentares e permitir que as pessoas compartilhem suas próprias histórias pessoais”.

Desde a publicação do Facebook Papers, a Meta têm protagonizado diversas polêmicas, incluindo um estudo que aponta o Instagram como causador de distúrbios de imagem em meninas jovens.

Fontes

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