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Sugestões de amizade e conteúdo do Facebook têm aproximado terroristas

Pessoas ligadas a grupos extremistas e terroristas estão usando a rede social para interagir e aumentar suas comunidades

schedule07/05/2018, às 07:32

Sugestões de amizade e conteúdo do Facebook têm aproximado terroristasFonte: Pixabay

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Todo mundo sabe que uma das primeiras coisas que o Facebook faz quando você abre uma conta é reunir algumas informações básicas — onde nasceu e mora, estudou e trabalha, entre outras coisas. Isso porque o algoritmo da rede social foi desenhado para conectar usuários às pessoas com interesses semelhantes. Isso geralmente te ajuda a encontrar aquele colega de infância que não vê há tempos, mas, por outro lado, tem também auxiliado aos terroristas localizar assuntos e simpatizantes ao redor do mundo.

A organização sem fins lucrativos Counter Extremism Project, que combate grupos extremistas, vem realizado um estudo a respeito, que deve ser publicado com muitos detalhes no final deste mês. Segundo os relatórios iniciais, milhares de seguidores do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) em 96 foram apresentados uns aos outros justamente pelas ferramentas conhecidas como “Pessoas que você talvez conheça” ou “Amigos sugeridos”.

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Os pesquisadores afirmam que, ao adicionar apenas um simpatizante do EIIL, você é bombardeado por recomendações de dezenas de extremistas próximos a você. “O Facebook, em sua ânsia de conectar o máximo de pessoas possível, criou, de forma imprudente, um sistema que ajuda a unir extremistas e terroristas”, acusam.

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Entre os exemplos citados pelos autores do levantamento, Gregory Waters e Robert Postings, em matéria do Telegraph, está o de um rapaz que inicialmente não tinha religião e estava apenas curioso para saber mais sobre o Islamismo. “Em seis meses se tornou de não ter religião a um muçulmano radical que apoia o EIIL.”

A companhia de Mark Zuckerberg responde que “não há lugar para terroristas no Facebook”. “Trabalhamos ostensivamente para garantir que não tenhamos terroristas ou grupos extremistas usando o site e removemos qualquer conteúdo que elogie ou apóie o terrorismo. Nossa abordagem está funcionando — 99% dos conteúdos removidos, relacionados ao Estado Islâmico e ao Al Qaeda, foram encontrados por nossos sistemas automatizados. Mas não há solução técnica fácil para combater o extremismo online. Temos e continuaremos a investir milhões de libras em pessoas e tecnologia para identificar e remover conteúdo terrorista.”

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Mas, Waters e Postings afirmam que dos 1 mil perfis examinados, que apoiam o EIIL, o Facebook somente suspendeu metade das contas e depois de seis meses de denúncia. Ainda assim, muitos usuários, mesmo depois de penalizados e de terem conteúdo banido, conseguiram voltar ou permanecer na rede social.