Não é de hoje que sabemos que a indústria do entretenimento adulto está entre um dos fatores que determinam a forma como os consumidores adotam novas tecnologias. Embora a influência da pornografia sobre a recepção de dispositivos eletrônicas possa muitas vezes ser exagerada, especialistas indicam que uma quantidade significativa de pessoas leva esse tipo de conteúdo em conta na hora de decidir o que comprar. Agora, parece que isso pode afetar os óculos de RV.
De acordo com os analistas de dados da SimilarWeb, a ideia de filmes e softwares pornográficos em realidade virtual vem gerando bastante interesse do público pelos headsets VR. Embora a Oculus tenha acabado de lançar seu dispositivo no mercado e a HTC e a Sony ainda estejam preparando seus produtos, os sites de pornô já estão incentivando seus usuários a buscar mais informações por alguns aparelhos do tipo.
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Ascensão virtual
No período entre janeiro e novembro de 2015, o site do Oculus Rift recebeu 2,7% do seu tráfego por meio de links vindos de páginas especializadas em vídeos eróticos. Na mesma época, os óculos Homido VR – um dos modelos que precisam de um smartphone para funcionar – tiveram 51,4% dos seus acessos partindo somente do site Virtual Real Porn.
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Ao longo do ano passado, sites especializados em conteúdo pornográfico em realidade virtual passaram por um grande crescimento. Olhando apenas para as 10 páginas pornô com maior tráfego, é possível notar que houve um aumento de 202% no volume de acessos entre janeiro e novembro de 2015.
Junto ao filmes e softwares, a indústria de entretenimento adulto em realidade virtual tem seu crescimento acompanhado pelo aumento do interesse do público por “brinquedinhos” sexuais conectados – os chamados teledildonics. Um dos melhores exemplos disso é o Twerking Butt, a “bunda eletrônica” comercializada pelo PornHub. Segundo a SimilarWeb, o lançamento do dispositivo foi um sucesso e atraiu 910 mil pessoas para o seu site do dispositivo.
Saindo na frente
Com a chegada do Oculus Rift por nada singelos US$ 599 (cerca de R$ 2.393), parece razoável presumir que, mesmo quando a Sony e a HTC lançarem seus aparelhos, a maioria dos usuários terá que escolher apenas um deles para levar para casa. Como ainda não há muita informação a respeito da disponibilidade de conteúdo e recepção dos gadgets pelo público, é difícil de saber qual dos aparelhos vai levar vantagem.
Ainda assim, um dos aspectos que podem influenciar nessa decisão é justamente a disponibilidade de conteúdo pornográfico, aspecto em que o Rift – e provavelmente o Vive também – tem uma clara vantagem sobre o PlayStation VR. Por depender de uma conexão com o PS4, o headset da Sony só terá acesso a materiais aprovados pela empresa, que poderia barrar a publicação de qualquer filme ou software erótico.
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Enquanto isso, a pornografia será proibida na loja oficial da Oculus, mas a natureza aberta do kit de desenvolvimento do aparelho abre uma brecha para que produções eróticas cheguem ao dispositivo “por fora”. Ainda que a HTC não tenha se pronunciado sobre o assunto, é provável que o Vive, por se conectar a um PC, siga a mesma linha adotada pela empresa do Rift.
Com o avanço da realidade virtual e dos teledildonics, quanto tempo você acha que vai demorar até surgirem androides sexuais como os do filme “IA – Inteligência rtifical”? Comente no Fórum do TecMundo
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