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Smartphones ficarão 7% mais caros em 2026 por causa de crise gerada pela IA, diz estudo

Relatório da Counterpoint Research aponta média de encarecimento em aparelhos por causa da crise em memórias; setor de entrada e chineses serão os mais afetados.

Avatar do(a) autor(a): Nilton Cesar Monastier Kleina

schedule16/12/2025, às 11:20

updateAtualizado em 16/12/2025, às 11:21

Já é certo que eletrônicos como computadores e celulares lançados em 2026 serão mais caros do que os modelos atuais. Agora, um estudo da Counterpoint Research traz previsões de quanto exatamente será o aumento nos preços de smartphones.

De acordo com um levantamento da empresa de consultoria, a crise nos chips de memória que já afeta a indústria mobile vai significar um aumento médio de 6,9% no valor final de celulares. Essa estimativa ainda é provisória e pode piorar, caso a escassez se mostre ainda mais significativa.

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O momento delicado já é sentido por uma série de marcas. PCs corporativos da Dell devem ficar até 30% mais caros no ano que vem, enquanto memórias DRAM e NAND para o consumidor estão cada dia com um preço diferente, sempre mudando para o alto.

O mercado de smartphones em 2026

A atual crise nos chips de memória é explicada pelo aumento no preço de chips DRAM e a escassez na produção e venda de componentes para eletrônicos de consumo, como PCs e celulares. As fábricas de semicondutores agora priorizam componentes para IA, em especial aqueles utilizados em data centers.

  • Segundo o relatório, o aumento no custo de memórias fará o mercado de smartphones encolher 2,1% em 2026, seja por um estoque reduzido ou menor interesse do público em aparelhos com maior preço;
  • Praticamente todas as empresas do ranking atual de maiores do setor, mas Apple e Samsung estariam mais prontas para sobreviver com menor impacto — enquanto as marcas chinesas, como Xiaomi, Honor e Oppo, sofrerão mais para se readequar ao cenário;
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O impacto da crise nas líderes do mercado de celulares. (Imagem: Reprodução/Counterpoint)
  • O custo dos materiais usados para construir e montar um smartphone vai subir entre 10% e 30%. O quanto uma fabricante vai absorver desse prejuízo ou mexer em outros componentes para equilibrar o preço vai depender de cada marca;
  • O segmento de dispositivos de entrada deve ser o mais afetado pela crise, já que a margem de lucro desses aparelhos tende a ser mais baixa. Porém, modelos intermediários e premium também sentirão os efeitos da situação;
  • Algumas das medidas esperadas incluem o uso de componentes piores ou mais antigos em outras áreas, como módulos de câmera, tela e áudio, para compensar o aumento nas peças de memória. É possível também que algumas companhias "enxuguem" linhas inteiras para reduzir o portfólio, como pode ser o caso da Poco;

Fabricantes como Asus e Samsung já confirmaram o aumento no preço de dispositivos no ano que vem, servindo como evidência para os números apresentados pela Counterpoint.

Além disso, componentes como SSDs e placas-mãe também podem sofrer um reajuste nos valores — sem contar a menor oferta por parte de empresas que já estão saindo desse setor para focar somente no mercado em alta.