CES 2019: Laser de carro autônomo teria queimado sensor de câmera digital

2 min de leitura
Imagem de: CES 2019: Laser de carro autônomo teria queimado sensor de câmera digital

Os veículos autônomos parecem realmente ter um lugar reservado no futuro próximo da sociedade humana e vêm sendo desenvolvidos cada vez em maior quantidade e com tecnologias sempre mais avançadas. Um dos recursos mais importantes para ajudar no sentido de posicionamento de um carro autônomo é o chamado LiDAR (sigla em inglês para Detecção de Luz e Alcance), um sensor que usa feixes de laser para monitoras os arredores de um veículo.

Eu notei que todas as minhas fotos estavam aparecendo com uma mancha. Cobri a câmera com a tampa da lente e as manchas continuam lá

Segundo os desenvolvedores de carros autônomos, o sistema LiDAR é completamente inofensivo para os olhos humanos, não havendo perigo em transitar próximo a um veículo desse tipo e ter a visão danificada pelos feixes de laser que ele emite para entender seu posicionamento. O problema é que, aparentemente, isso pode danificar permanentemente um sensor de câmera digital.

Câmera cega

Foi exatamente isso que contou o engenheiro Jit Ray Chowdhury à publicação Ars Technica após uma visita à CES 2019, onde teve sua câmera digital de quase US$ 2 mil, cerca de R$ 7,4 mil, danificada após fazer fotografias de um carro autônomo fabricado pela Ridecell. “Eu notei que todas as minhas fotos estavam aparecendo com uma mancha. Cobri a câmera com a tampa da lente e as manchas continuam lá – ela está queimada no sensor”, disse Chowdhury.

Nas fotos que o engenheiro publicou em seu Twitter, é possível ver nitidamente pontos com riscos que são permanentes e aparecem em todas as fotos que tira. Ele afirmou na postagem: “O LiDAR da AEye danificou minha DSLR, ele não é seguro para serem fotografado. Não fui avisado quando pedi permissão para tirar fotos, nem isso aconteceu com nenhum outro LIDAR. Veja as manchas vermelhas, são danos permanentes”.

Conforme Chowdhury mesmo confirmou, com outros sensores desse tipo não havia acontecido nada. O LiDAR em questão é fabricado pela empresa AEye e seu CEO Luis Dussan confirmou para a Ars Technica que, mesmo os lasers sendo totalmente inofensivos para os olhos, há uma chance de que sensores sensíveis como o de câmeras digitais possam ser afetados pelos feixes emitidos. A AEye se ofereceu para comprar uma câmera nova para Chowdhury e vai analisar os efeitos de seu LiDAR nesses casos específicos.

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.