“A internet mobile está no fim”, diz presidente do Baidu Brasil

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O mercado da internet passa por uma revolução. O foco começa a se afastar das soluções mobile e caminha a passos rápidos para a inteligência artificial (IA).

É o que acredita Yan Di, presidente da Baidu Brasil. Durante coletiva de imprensa, o executivo usou resultados recentes do mercado chinês para defender a argumentação: “na China, a quantidade de usuários móveis parou de crescer. Estacionou em 3,5% ao ano. O volume de vendas de smartphones fechou em 0,8%. Só a Apple caiu 26% [em vendas], segundo a IDC [ a consultoria International Data Corporation]”, disse Di, de acordo com o Mobile Times. 

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O consumidor chinês está usando menos aplicativos, explicou o executivo. “Ele concentra tudo em dois ou três apps. A distribuição de custo por instalação está cada vez mais cara [sai por US$ 0,53 em plataformas Android e US$ 1,24 no iOS]”.

Se você imagina que deve criar um aplicativo sozinho hoje e ficar somente nisso, você vai sofrer

Andreas Blazoudikis, fundador da Movile, também participou da coletiva de imprensa. A startup desenvolve aplicativos, jogos, materiais educativos e meios de pagamento para o mercado mobile. O empreendedor usou o exemplo do chinês WeChat para defender o mesmo ponto de DI. Segundo ele, o aplicativo de mensagens vem crescendo muito mais rápido do que outros market places tradicionais. Isso porque enquanto o app chinês tem 10 milhões de bots dentro de sua plataforma, os marketplaces estão em 6 milhões. 

“Se você imagina que deve criar um aplicativo sozinho hoje e ficar somente nisso, você vai sofrer. É preciso pensar que no futuro teremos que construir nossas tecnologias e trabalhar com os portais, como o WeChat e em breve WhatsApp”, prevê Blazoudakis.

Presidente e fundador da ABRIA (Associação Brasileira de Inteligência Artificial), Di afirmou que 40 empresas, hoje, trabalham com Inteligência artificial no país. Na China, são mais de mil startups apenas focada nesse tipo de tecnologia. Os chineses também estão à frente no número de estudos e artigos publicados sobre o tema: são mais de dois mil nos últimos anos, enquanto nos Estados Unidos o número fica em mil.

Para ele, a mudança pode ser vista como oportunidade para investidores brasileiros. “A inteligência artificial é um novo fator de produtividade para as nações. Conforme um estudo da Accenture, a IA pode dobrar o PIB [Produto Interno Bruno] de qualquer país”, afirmou. A previsão da Baidu para o crescimento da economia chinesa com IA, por exemplo, é de 1,4%. “A mesma coisa acontecerá no Brasil.”

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