Combater sites que promovem a pirataria não produz efeitos, afirma comissão

1 min de leitura
Imagem de: Combater sites que promovem a pirataria não produz efeitos, afirma comissão
Imagem: Animal New York

Um estudo conduzido pela Comissão Europeia chegou a uma conclusão que muitos consumidores e empresas já sabia: combater sites que promovem a pirataria não ajuda a diminuir o problema. Segundo o estudo, a perseguição a páginas como o The Pirate Bay não tem se mostrado uma maneira efetiva de incentivar o consumo de produtos originais.

O estudo tomou como base o fechamento do site Kino.to, que envolveu uma operação policial que apreendeu equipamentos e prendeu suspeitos na Alemanha, Espanha, França e Holanda. Segundo os pesquisadores responsáveis, os efeitos que isso teve sobre os usuários comuns foi relativamente limitado e curto.

Mesmo durante a época em que o fechamento do Kino.to estava em evidência, o hábito de 5 mil pessoas estudadas pouco mudou em relação ao download de conteúdos piratas. “Enquanto os usuários do Kino.to diminuíram o consumo de pirataria em até 30% durante as quatro semanas que se seguiram à intervenção, seu consumo através de plataformas de filmes licencias cresceu somente 2,5%”, afirma a pesquisa.

Efeito Hidra

Em resumo, o custo envolvido nas operações policiais e em outras atitudes que visavam acabar com a pirataria acabavam não compensando sua diminuição momentânea. Além disso, o fim do Kino.to resultou no surgimento de novos serviços de streaming que, somados, apresentavam a mesma média de usuários — o chamado “Efeito Hidra”.

“Isso tem o potencial de tornar novas intervenções da lei em algo mais custoso — já que não há mais uma plataforma dominante a fechar — ou menos efetivas do que se somente um site fosse visado”, diz o documento. No entanto, os pesquisadores afirmam que os resultados devem ser tratados com cautela, visto que eles não levam em consideração o desempenho obtido no mercado físico.

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.