Trollados: 20 vezes em que desenvolvedores sacanearam quem pirateou jogos

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A pirataria é um mal que assola a nossa sociedade há tempos. E não é só a indústria cinematográfica que sofre com isso, mas a de games também. Porém, vez ou outra, os desenvolvedores de jogos prepararam suas táticas para combater esse crime cometido por muitas pessoas.

O caso mais recente envolveu o recém-lançado Far Cry 4 que, em cópias piratas, apresentava sérios problemas com o campo de visão durante a jogatina. E como se esquecer do “bug” das versões ilegais de The Sims 4 que tornavam o personagem (ou a tela toda) um borrão pixelado?

Neste artigo, apresentamos uma lista completa com 20 “trolladas” dos desenvolvedores para pegar as pessoas que se acham espertinhas e pirateiam seus jogos. E não pense que essa é uma exclusividade dos títulos atuais: como vocês vão ver, há games bem antigos que já implementavam táticas assim.

1. Alan Wake e seu tapa-olho de pirata

Um dos métodos mais criativos contra a pirataria, apesar de não ter sido muito efetivo em evitá-la, é a tática adotada pela Remedy Entertainment para o título Alan Wake do Xbox 360 e do PC. Quando pirateado, o game ainda é totalmente jogável, mas mostra mensagens incentivando a compra do jogo durante as telas de carregamento e exibe o protagonista usando um tapa-olho de pirata durante o tempo todo.

2. Crysis Warhead atirando... galinhas?

Crysis Warhead faz parte de uma famosa franquia de títulos do gênero FPS. Para lidar com os espertinhos que queriam jogar ilegalmente o game, a desenvolvedora resolveu transformar as balas de todas as armas utilizadas durante o jogo em... galinhas! Isso mesmo: todas as vezes que o jogador atirasse, os pássaros sairiam no lugar dos projéteis. Isso, obviamente, tornava a jogatina impraticável.

3. Mirror’s Edge: devagar nas bordas

Neste título da EA, os jogadores são colocados na pele de uma personagem que precisa realizar manobras realmente impressionantes de parkour que exigem muito impulso. Mas e se você fosse obrigado a caminhar em vez de correr antes de rampas e pulos essenciais para a continuidade do game? Foi exatamente isso que a desenvolvedora fez em Mirror's Edge com os piratas.

4. Várias pegadinhas em Spyro: Year of the Dragon

Não se engane: até jogos destinados ao público infantil são pirateados. A desenvolvedora Insomniac Games, em Spyro: Year of the Dragon, em vez de estampar seu método contra a prática diretamente no começo do game, espalhou uma série de pequenas “surpresas” aos malfeitores. Além da célebre frase da fada Zoe, itens essenciais desapareciam, portais ficavam inutilizados e a linguagem do título mudava para alemão.  Deve ter sido irritante. Bem feito aos piratas.

5. GTA IV: câmera louca e Niko Quase Sem Cabeça

A tática adotada pela Rockstar deve ter deixado muita gente tonta. Acontece que tanto na jogatina como durante as cenas em que o jogador apenas assiste (as chamadas cutscenes), a impressão que temos é a de que o cinegrafista por trás da visão está bêbado – só vendo para entender. Também há casos em que o protagonista de GTA IV, Niko, aparece sem a cabeça caso seja identificada uma cópia ilegal do jogo.

6. Batman: Arkham Asylum – esqueci como planar!

O game do morcego justiceiro também foi alvo dos piratas, mas o método para impedir que cópias ilegais do jogo fossem disseminadas foi bastante criativo: caso detectada a artimanha, o Batman simplesmente perdia a habilidade de planar. Como esse é um movimento essencial durante certas partes de Batman: Arkham Asylum, isso impedia o progresso daquelas que haviam agido de má-fé.

7. Serious Sam 3: escorpiões assassinos, gigantes e invulneráveis

A tática adotada em Serious Sam 3 é outra prova de que os desenvolvedores podem adotar métodos bastante frustrantes para aquelas pessoas que resolveram recorrer à pirataria. Logo na primeira fase do jogo, ao coletar a primeira arma, o jogador se depara com escorpiões gigantes, assassinos e invulneráveis. Ou seja: nada de avanço para os piratas.

8. Armas quentes (literalmente) em Mass Effect

Apesar de controverso, alguns argumentam que um “bug” encontrado no primeiro título de Mass Effect era um método contra a pirataria adotado pela BioWare. O sistema de resfriamento de armas não funcionava corretamente em cópias ilegais do game, tornando a jogatina praticamente impossível. Além disso, há casos em que o acesso ao mapa das galáxias também era impedido nos jogos piratas.

9. Pokémon (Black/White e Fire Red/Leaf Green): compre ou morra

“A propósito: se você gosta deste jogo, compre-o ou morra”. Essa é a frase polêmica que foi colocada em Pokémon Fire Red/Leaf Green para incentivar as pessoas a não recorrerem à pirataria. Já em Black/White, o método foi mais inteligente: os monstrinhos de bolso simplesmente não adquiriam experiências após as batalhas. Ou seja: seu Charmander nunca vai virar um Charizard.

10. The Sims 4: tudo pixelizado

O já mencionado “bug” intencional que a Maxis colocou em The Sims 4 deixou muita gente desesperada. Porém, não era nada como a prática de retirar a escada quando o SIM estivesse na piscina. O game simplesmente apresentava um borrão pixelizado sobre o personagem ou, em alguns casos, na tela toda.

11. Skullgirls e o acerto de contas pelo Twitter

Em Skullgirls, um game de luta 2D desenvolvido pela Reverge Labs, uma mensagem sutil e indireta é dada àqueles que piratearam o título. O episódio que marcou a descoberta desse método foi uma conversa interessante que rolou entre um jogador que arranjou uma cópia ilegal do game e o perfil oficial do jogo no Twitter.

12. Chrono Trigger: uma viagem sem fim

Chrono Trigger é considerado por muitos um dos melhores jogos de todos os tempos. Por conta disso, é normal que versões piratas fossem aparecer. Porém, a Square Enix, desenvolvedora do título, bolou uma tática que se encaixa muito bem na trama apresentada. Quando Chrono (o protagonista) vai fazer uma viagem no tempo através de um portal, o game trava e parece ficar em um looping infinito – o que significa que Chrono nunca chegará ao seu destino.

13. Dragon Quest V: uma viagem sem fim (2)

Dragon Quest V, título do gênero RPG que recebeu uma versão atualizada para o Nintendo DS em 2008, também ganhou um método contra a pirataria que colocava o jogador em uma viagem sem fim. Logo no começo do game, o personagem controlado se encontra em um barco e precisa falar com todos os tripulantes antes de prosseguir na jornada. Porém, mesmo fazendo isso, o barco não atracava onde deveria, ficando em um passeio ao mar durante todo o tempo.

14. Dark Souls: dificultando até na pirataria

Em Dark Souls, o que aconteceu não foi exatamente um caso de pirataria. Alguns jogadores espertinhos quiseram trapacear e acessar os servidores do game antes de seu lançamento oficial. Para combater essa prática, desenvolvedores da From Software entraram nessas mesmas partidas e aniquilaram esses pilantras para eles aprenderem a esperar a hora certa. Entretando, algumas pessoas disseram que esses mesmos justiceiros (controlados por inteligência artificial) apareciam em cópias não autorizadas.

15. Cross Days: eu sei o que você está acessando; e ainda de forma ilegal

Cross Days é um game japonês com temática adulta não muito conhecido por aqui. Trata-se de um título ao estilo Heavy Rain e Beyond: Two Souls no qual o foco é na narrativa, e o jogador precisa apenas tomar decisões. Porém, algumas cópias desse jogo vinham com uma espécie de vírus que capturava uma foto da Área de trabalho do pirata (e pervertido) e divulgava em determinado site.

Para retirar essa imagem, a pessoa precisava reconhecer publicamente que cometeu o crime de pirataria, além de passar pelo constrangimento de ter sido pego jogando um game com conteúdo pornográfico. Alguns, evidentemente, não gostaram muito disso.

16. ArmA: degradando a jogatina

Simples e direto: o método adotado pela Bohemia Interactive para combater a pirataria em seu ArmA III era degradar de pouco em pouco a jogatina dos piratas. As armas utilizadas perdiam o foco da mira, carros paravam de funcionar do nada e, finalmente, o personagem se transformava em um pássaro. Que vergonha.

17. Command & Conquer: Red Alert 2 e um método explosivo para combater a pirataria

A diversão não durou muito para quem pirateou Command & Conquer: Red Alert. Isso porque, com apenas alguns segundos de jogo no modo campanha, todas as unidades comandadas pelo jogador simplesmente explodiam, deixando a pessoa sem recursos para continuar a partida.

18. Michal Jackson: The Experience ao som de vuvuzelas

Vuvuzelas: quem não se lembra desse fenômeno bastante irritante que tomou conta da Copa de 2010 na África do Sul? E que tal experimentar o som daquele peculiar instrumento enquanto você joga um game baseado em um dos maiores cantores do gênero pop? Quando o DS identifica que o título Michael Jackson: The Experience era falsificado, sons estrondosos de vuvuzelas são emitidos, destruindo psicologicamente o jogador.

19. Game Dev Tycoon: aprendendo na prática a não piratear

Game Dev Tycoon coloca os jogadores na pele de um desenvolvedor de games. A metalinguagem empregada nesse título foi considerada muito inteligente e aprovada por vários gamers. Porém, mesmo vivendo na pele de um criador de jogos, algumas pessoas piratearam o título e, como consequência, recebiam a seguinte mensagem (muito criativa, por sinal).

20. EarthBound: f*rrando com a vida dos piratas no último chefe

Esse é, sem dúvida, o método antipirataria mais cruel de todos. Em EarthBound, título de RPG que introduziu o personagem Ness no mundo dos games, o jogador pirata era “convidado” a jogar com um nível de dificuldade maior, em que a frequência de encontro com inimigos era aumentada. Porém, tecnicamente isso não impedia os malfeitores de chegarem até o último chefe.

Contudo, em determinado momento da luta contra ele, o game trava, obrigando o jogador a reiniciar o seu Super Nintendo. Para a surpresa da pessoa, ao tentar carregar novamente a partida onde havia parado, todos os registros de jogos salvos estão simplesmente apagados. A frustração nesses casos, sem dúvida nenhuma, deve ser gigantesca. Também pudera: ninguém mandou piratear o game.

Bug no código do jogo? Não! Bug no código de conduta!

Um dos aspectos mais engraçados desses métodos antipirataria são os momentos em que vemos aqueles que recorreram aos métodos ilegais reclamando sobre isso como se tivessem algum direito para isso. O argumento desses indivíduos? “Bugs no código!”. Porém, o “bug”, na realidade, está no código de conduta da própria pessoa...

Por que não fazem isso em todos os jogos?

Se esses métodos contra a pirataria são tão criativos e muitos parecem efetivos em evitar que cópias ilegais dos games se espalhem, por que não adotam essa prática para todos os jogos? Não há uma resposta definitiva para isso, mas há algumas suposições: a primeira delas diz respeito àquelas pessoas que adquiriram o game original e experimentaram os “bugs” que deveriam estar limitados às cópias piratas.

É difícil mensurar a extensão desse problema, mas é sabido que alguns sofreram com esse tipo de situação. Os métodos de validação de uma cópia de jogo também podem ser outro empecilho. Propostas como “game sempre online” não agradam muito os jogadores e acabam forçando os desenvolvedores a abandonar cada vez mais essas práticas.

Por fim, podemos citar a própria disposição dos piratas em buscar alternativas para games que trazem métodos contra a pirataria. Essas pessoas parecem realmente decididas a conseguir o que querem e, infelizmente, na maioria das vezes elas conseguem. Se a consciência falasse mais alto e eles percebessem que comprando o jogo eles estariam incentivando a criação de mais títulos para a indústria, talvez não víssemos tantos casos de pirataria por aí.

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Lembre-se: a prática de pirataria ou distribuição de cópias não autorizadas de softwares protegidos por direitos autorais é crime. A violação do decreto que determina isso pode render de seis meses a dois anos de prisão, além do pagamento de multa e indenização.

Por que será que os brasileiros gostam tanto de pirataria? E será que ela é tão ruim quanto dizem? Deixem suas opiniões no campo dos comentários!

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