Quem baixa conteúdo ilegalmente tende a gastar mais com cultura

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O combate à pirataria não é uma novidade para os consumidores brasileiros. Recentemente, a operação Barba Negra, da Polícia Federal, foi responsável por derrubar vários sites que distribuíam filmes ilegalmente.

No entanto, pesquisas lançadas nos últimos meses podem mostrar que o efeito da pirataria não é tão grande assim para os produtores de conteúdo. Dois estudos independentes, feitos pelos governos da Austrália e da Suécia, indicam que quem consume conteúdo ilegal, tende a gastar mais dinheiro com filmes, músicas, séries e games.

No caso australiano, a pesquisa foi feita pelo Departamento de Artes e Comunicação e entrevistou 2,4 mil pessoas maiores de 12 anos. Com isso, o departamento concluiu que cerca de 23% dos usuários de internet na Austrália consumiram pelo menos um desses produtos de forma ilegal durante o primeiro trimestre de 2016.

Quem baixa muito, também gasta muito

E são exatamente essas pessoas as que mais gastam com conteúdo legal. Segundo a pesquisa, os consumidores que mais pagam por cultura são as que consomem de forma mista: pirateiam algumas coisas enquanto pagam por outras.

Até mesmo os que afirmaram piratear 100% dos filmes e músicas que consomem em casa contribuíram com a indústria, já que pagaram para ir ao cinema e a shows dos artistas favoritos, as duas maiores fontes de renda desses meios.

O resultado foi semelhante ao encontrado na Súecia, em estudo feito pela IIS (The Internet Foundation in Sweden): “60% das pessoas que compartilham arquivos pagam por serviços de streaming de música, comparado com 39% entre aqueles que não pagam”.

Algo parecido acontece quando o assunto é cinema: 53% dos que baixam filmes ilegalmente afirmaram assinar serviços como o Netflix. Entre os que só consomem conteúdo original, esse número cai para 34%.

Como diminuir a quantidade de downloads ilegais?

O estudo australiano também perguntou aos entrevistados o que faria com que eles parassem totalmente de consumir conteúdo ilegal e as respostas não devem surpreender quem já baixou filmes ou músicas.

O fator mais importante era o preço, citado por 43% como um fator que certamente os faria diminuir o consumo de itens piratas. Em segundo, está a disponibilidade, com 31% afirmando que recorrem à pirataria pois os filmes e séries que querem assistir não estão disponíveis na Austrália. Apenas 6% dos australianos disseram que nada os faria parar de consumir cultura ilegalmente.

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