Credores internacionais se unem para tentar salvar Oi de dívida bilionária

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A Oi é a quarta maior operadora de telefonia do Brasil, mas a empresa não anda muito bem das pernas, pois ela está com R$ 64,5 bilhões em dívidas, um valor exorbitante que pode trazer resultados bem negativos à companhia. Agora, um grupo de credores internacionais, ou seja, para quem a Oi deve dinheiro, se juntou a Naguib Sawiris, um bilionário egípcio, para tentar assumir o controle da empresa e trazer uma proposta de recuperação melhor.

No Brasil, a lei define que quem cria a proposta de recuperação judicial é a própria companhia que entrou com o recurso – no caso, a Oi, que fez isso em junho desse ano. Entretanto, os principais investidores não estão contentes com a atual solução e querem oferecer uma outra ideia, mas ficam incapacitados de opinar ou de decidir.

No Brasil, quem define a recuperação judicial é a própria empresa, mas muitos credores internacionais não gostaram da proposta definida e tentam uma abordagem diferente

Oi tem mais de R$ 64,5 milhões em dívidas

Em outras palavras, os credores internacionais querem tentar uma articulação em segundo plano para convencer o juiz do caso a colocar em votação as duas propostas. A aproximação virá pelo supracitado empresário Sawiris, que tem muita experiência no terreno de telecomunicações e é amigo de Naji Nahas, que por consequência, é muito próximo do presidente Michel Temer e de Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil, segundo apuração da Folha.

Em contrapartida, o plano atual da Oi é que os credores nacionais (entre eles Banco do Brasil, BNDES, Caixa e até mesmo a Anatel) perdoem 70% da dívida total, um valor altíssimo que tem poucas chances de sucesso. Por conta disso, os investidores internacionais querem apresentar outra proposta ou até mesmo tirar o controle da operadora das mãos da Pharol, a companhia que é acionista majoritária e atualmente conta com 6 os 11 bancos do conselho de decisões.

O grupo de credores internacionais quer intervir e apresentar uma proposta diferente da atual, definida pelos acionistas majoritários da empresa

O grupo internacional pretende injetar dinheiro e tentar negociar que parte da dívida se torne ações. Caso não haja uma solução e um termo entre as partes, há a possibilidade de a Oi sofrer uma intervenção. Por ora, o futuro da operadora ainda é incerto.

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