Projeto de Lei pode fazer com que corridas de Uber e 99 fiquem de graça

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Um projeto de lei em análise na Câmara dos Deputados obriga motoristas de transporte privado, inclusive de apps como Uber e 99 a ter troco para pagamentos em dinheiro. Caso contrário, a corrida será feita de forma gratuita.

O PL 4126/2023 partiu do deputado Marcos Soares (União-RJ). "Essa situação [falta de troco] lhe impõe um constrangimento desnecessário e, não raras vezes, tem de efetuar um pix para pagar a corrida ou deixar de receber o troco porque o motorista não lhe apresenta outra solução adequada", pontuou o parlamentar.

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Projeto de Lei busca punir motoristas de aplicativos que não tiverem troco para pagamentos em dinheiro.Projeto de Lei busca punir motoristas de aplicativos que não tiverem troco para pagamentos em dinheiro.Fonte:  GettyImages 

"Impõe-se a exigência para que o motorista, ainda que seja contratado por meio de aplicativos, disponha de troco em dinheiro para oferecer a seus passageiros em decorrência de ter recebido o pagamento em dinheiro pela prestação de seus serviços também em dinheiro", explica o texto.

Porém, o texto de Marcos Soares não estabelece o valor máximo para o troco, o que pode se tornar um problema para o motorista. Em alguns estados, existe um valor máximo para o troco em transportes coletivos, geralmente proporcional ao valor da tarifa.

"O usuário (consumidor) terá o direito de receber o troco em dinheiro sempre que pagar, igualmente, em dinheiro pela prestação de serviço de transporte remunerado privado individual de passageiros, sendo que fará jus à prestação gratuita do referido serviço quando o motorista não lhe apresentar o troco", pontua o PL.

O texto altera a lei que institui a Política Nacional de Mobilidade Urbana, estabelecida em janeiro de 2012.

Proposta foi rejeitada em análise

Em 31 de outubro, a proposta foi rejeitada pela Comissão de Viação e Transportes. No parecer, o relator deputado Mauricio Marcon (PODE-RS) menciona que a regulamentação e fiscalização do serviço de transporte remunerado privado compete ao poder público municipal, não ao legislador federal.

"Além disso, a punição proposta nos parece descabida e pode gerar ainda mais transtorno ao usuário. Geralmente, o valor das viagens é calculado em centavos e é sabido que é muito comum a falta de moedas em vários estabelecimentos comerciais", ressalta no texto.

Desde 1° de novembro deste ano, a proposta tramita em caráter conclusivo, em que será analisada pela Comissão de Defesa do Consumidor.

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