Estradas de asfalto podem poluir mais que os carros, diz estudo

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Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Yale, conduzido pelo engenheiro ambiental Drew Gentner, descobriu que o asfalto pode ser tão – ou até mais – poluente quanto os carros movidos a combustíveis fósseis. Esse foi o primeiro estudo desse tipo a considerar o asfalto um agente poluente do ar.

Talvez, até pior que os próprios carros

Ao passo em que os veículos movidos a gasolina e diesel vieram evoluindo, eles passaram a emitir menos gases do efeito estufa. Por ouro lado, o asfalto é feito de petróleo bruto, ou substâncias semelhantes, e contém os tipos de compostos orgânicos semivoláteis que levam a alguns tipos de poluição do ar.

No estudo, os pesquisadores aqueceram dois tipos de asfaltos frescos de estrada, além de telhas feitas de asfalto e asfaltos líquidos usados em telhados. O material liberou uma maior quantidade de compostos orgânicos semivoláteis quando foi aquecido a 140 ºC, que é a temperatura de pavimentação das estradas. As emissões foram caindo à medida que o material esfriava, mas ainda continuava liberando muitas partículas, e de forma contínua, a 60 ºC, temperatura típica para os asfaltos em Los Angeles durante o verão, durante o experimento de três dias. Essa característica indica que o asfalto pode ser uma fonte de poluição de longa duração, segundo os cientistas.

Estudo comprova que asfalto pode ser um vilão para a qualidade do ar.Estudo comprova que asfalto pode ser um vilão para a qualidade do ar.Fonte:  Unsplash/Alex Woods/Reprodução 

A equipe ainda descobriu que a luz do sol, mesmo em níveis moderados, pode fazer as emissões aumentarem 300%, mesmo que o material não seja aquecido.

Com esses dados em mãos, os pesquisadores estimaram que novas estradas de asfalto, juntamente com telhados do sul da Califórnia, feitos com esse material, são responsáveis pela liberação de 1.000 a 2.500 toneladas de partículas poluentes no ar, anualmente.

Enquanto isso, no mesmo período, os carros movidos a combustíveis fósseis liberam “apenas” de 900 a 1.400 toneladas de partículas poluentes.

Embora o estudo não tenho sido tão abrangente, especialistas ambientais já o consideram importante para que a indústria tome medidas para minimizar o impacto negativo do asfalto em relação à qualidade do ar.

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