Análise confirma erro no modo autônomo em acidente fatal com Tesla Model X

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No início do ano, um homem que viajava com seu Tesla Model X bateu contra um divisor de pistas feito de concreto, depois foi atingido por mais dois carros e viu seu veículo em chamas antes de dar entrada no hospital e não resistir aos ferimentos. Desde então, ficaram dúvidas sobre o uso do piloto automático no momento da colisão. Depois de uma investigação minuciosa, o National Transportation Safety Board (NTSB) emitiu um relatório preliminar sobre o caso e concluiu: houve erro no modo autônomo do veículo.

Mãos de Huang foram detectadas no volante por um total de 34 segundos, em três ocasiões diferente

O episódio aconteceu no dia 23 de março, um engenheiro da Apple, Wei “Walter” Huang viajava pela US Highway 101 quando seu Model X P100D bateu na barreira de segurança. A NTSB diz que as mãos de Huang foram detectadas no volante por um total de 34 segundos, em três ocasiões diferentes, nos 60 segundos antes do impacto.

A agência também confirma a posição da Tesla de que o veículo não reconheceu o motorista no volante nos seis segundos antes da batida. Quinze minutos antes do acidente, foram realizados dois alertas visuais e um auditivo para que o condutor voltasse e pilotar. O Model X de Huang seguia um veículo de referência usando controle adaptativo e nos 8 segundos antes do acidente viajava a cerca de 100 km/h.

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Um segundo depois disso, o Tesla fez um movimento para a esquerda e o automóvel que ele vinha seguindo se moveu, fazendo com que o carro de Huang aumentasse a velocidade de 100 km/h para quase 114 km/h. Não foi detectada nenhuma frenagem ou direção evasiva antes da colisão.

Tesla mantém discurso e diz que barreira de segurança danificada agravou o acidente

Um porta-voz da Tesla se recusou a comentar o relatório preliminar e, em vez disso, recordou as declarações anterirores. A empresa já havia dito que uma barreira de segurança danificada, chamada de atenuador de colisão, agravou o impacto. A companhia de Elon Musk disse que Huang tinha “cerca de 5 segundos e 150 metros de visão desobstruída” do divisor de concreto com a barreira de segurança esmagada antes do incidente.

O NTSB confirma que o atenuador foi danificado na semana anterior, quando um Toyota Prius bateu no mesmo local. O dano provavelmente tornou a estrutura ineficaz e contribuiu para a morte de Huang. A bateria do Model X, que pegou fogo e agravou o ocorrido, foi observada posteriormente, e apresentou fumaça horas após o episódio, assim como cinco dias depois — quando teve que ser contida por bombeiros.

Esse relatório serve para reiniciar o processo de investigação. O NTSB alega que a Tesla divulgou “informações investigativas antes que fossem verificadas e confirmadas” — e há até relatos sobre discussões acaloradas entre Musk e a chefia da agência. A apuração deve continuar também porque a companhia ainda passa por mais dois inquéritos. Enquanto isso, a família de Huang recorre a advogados para explorar suas opções legais.

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