O que Jennifer Fez: Netflix é acusada de manipular imagens com IA no documentário
Na última semana, a Netflix lançou mais um de seus documentários de True Crime, que rapidamente chegou ao top 10 da plataforma. A produção O que Jennifer Fez (2024), conta a história de uma jovem canadense condenada em 2014 por organizar o assassinato de seus pais.
No entanto, um dos motivos que chamou a atenção do público foram algumas supostas fotografias de Jennifer que apresentavam características estranhas, levantando a suspeita de que a plataforma de streaming teria usado inteligência artificial para manipular as imagens.
Em uma reportagem do portal Futurism, foram identificados mãos e dedos deformados, itens no fundo da foto que se mesclam em formas estranhas e alguns traços faciais que tiveram formas exageradas.
As imagens aparecem perto do minuto 28 do documentário, para ilustrar a descrição de Nam Nguyen, um dos amigos de Jennifer, sobre sua "personalidade amigável, alegre e genuína". Confira algumas as supostas fotografias que trouxeram estranhamentos nos telespectadores, a seguir;
Suposta fotografia apresentada pelo documentário da Netflix.Fonte: Minha Série
Um dos elementos que mais chamou atenção foram as mãos e os dedos com formatos estranhos — uma das principais características de imagens geradas por inteligência artificial. Além disso, alguns elementos do fundo da imagem não possuem uma forma exata ou uma definição que seja rapidamente identificável.
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Suposta fotografia apresenta diferenças no sorriso de Jennifer.Fonte: Minha Série
Nesta segunda imagem, é possível ver que um de seus dentes da frente está mais longo do que deveria — quase como se tivesse sido mesclado com o de baixo. Além disso, a sua orelha direita apresenta um formato diferente, apesar da baixa iluminação.
Esta não seria a primeira vez que telespectadores observam o uso de IA em séries e produções do audiovisual. No entanto, é a primeira vez que é utilizada em um documentário sobre um crime envolvendo pessoas reais e que continuam na prisão esperando por liberdade condicional — o que pode trazer uma série de complicações e questionamentos para a gigante do streaming.
O uso da IA no mercado do entretenimento é iminente e foi um dos motivos que incentivou as greves dos sindicatos de roteiristas, atores e demais profissionais deste setor no ano passado. Até o momento, porém, a Netflix não se pronunciou sobre o caso.
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