Por que os streamings estão excluindo conteúdos de seus catálogos?

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Você conhece o ditado "nada é para sempre"? Pois é, isso vale também para alguns conteúdos presentes em serviços de streaming, que vêm sendo excluídos sem avisos prévios de várias plataformas. O que, para muitos usuários, é algo bem esquisito.

Afinal, quando assinamos um serviço de vídeo sob demanda, esperamos que seus filmes, séries e outros títulos estejam sempre disponíveis para que possamos acessá-los quando bem entendermos, principalmente as produções originais. Mas não é bem por aí. E há um grande motivo por trás disso tudo.

Como explica uma matéria do site CNBC, a remoção de conteúdos dos catálogos dos principais serviços de streaming disponíveis no mercado tem acontecido, principalmente, por uma razão: corte de gastos.

Por que conteúdos originais são removidos dos streamings?

O que poucos espectadores sabem é que, nesse cenário digital, para manter filmes, séries e outras produções em suas bibliotecas, os streamings precisam pagar taxas de licenciamento e outros valores diversos, como direitos de imagem, etc. Ou seja, há um custo (alto) para manter títulos disponíveis nos streamings, até mesmo produções originais, como é o caso do HBO Max e do Disney+.

O problema, nessa situação, é que muitos streamings ainda não apresentam grandes lucros para que seja viável continuar com diversas produções em seus catálogos e ainda produzir novos títulos originais (que também precisam ser licenciados). A conta, simplesmente, não fecha. "Do ponto de vista do consumidor, o que ele quer é poder acessar os conteúdos sempre que quiser. [...] A parte que confunde os consumidores é que eles não entendem como os conteúdos são licenciados [...], disse Dan Rayburn, analista de mídia, ao CNBC.

Retirar títulos de seus catálogos se tornou uma estratégia de economia para vários streamings.Retirar títulos de seus catálogos se tornou uma estratégia de economia para vários streamings.Fonte:  GettyImages 

Streamings que já removeram conteúdos

A primeira empresa a perceber isso e fazer algo a respeito foi a Warner Bros. Discovery, que removeu diversos títulos (inclusive produções originais) de sua biblioteca de mídia em 2022 com o intuito de economizar o máximo possível. Em alguns meses, a companhia "se livrou" de títulos como Sesame Street, Generation, Westworld Raised By Wolves, por exemplo. Inclusive, obras vindouras também foram cortadas, como o filme Batgirl. Dessa maneira, o conglomerado de mídia conseguiu economizar dezenas de milhares de dólares.

Agora, mais e mais empresas ligadas ao streaming têm buscado a mesma solução para enxugar suas operações. A Disney é uma delas, e, de acordo com a matéria, a companhia pretende, em breve, remover vários projetos de seus catálogos do Disney+ e do Hulu (streaming disponível apenas nos Estados Unidos). Willow, The Mighty Ducks: Game Changers e The Mysterious Benedict Society, por exemplo, são alguns produtos que devem dar adeus às telinhas.

Por enquanto, a Netflix e o Amazon Prime Video ainda não tomaram as mesmas medidas que o HBO Max e o Disney+. Mas vale lembrar que, desde o ano passado, a Netflix tem apresentado números preocupantes, perdendo mais assinantes do que ganhando pela primeira vez em uma década de história. Ou seja, se os streamings não encontrarem maneiras de gerar mais lucro, é possível que mais e mais produções de menor expressão (incluindo obras originais) sejam cortadas como forma de contenção financeira.

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Fontes

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