A automação residencial por voz está em plena evolução. De acordo com o Zipdo Education Report, 45% dos consumidores já preferem usar assistentes de voz em suas casas inteligentes e 57% dos usuários utilizam essa tecnologia diariamente, pedindo por novas tarefas.
No entanto, o uso da voz em sistemas inteligentes está longe de atingir seu potencial máximo. Lucas Souza de Freitas, especialista em automação residencial e corporativa, explica que o avanço mais significativo ocorreu na inteligência que processa os comandos, e não apenas no microfone.
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“A popularização dos assistentes de voz começou de forma tímida, limitada a pedidos diretos, quase como um interruptor falado do tipo ‘acenda a luz’”, afirma Lucas. “Hoje, estamos caminhando aceleradamente para orquestrar toda a residência com a fala”.
A evolução da conversa e da precisão
O grande salto tecnológico está no cruzamento de dados. Os sistemas atuais não apenas ouvem, mas também cruzam informações de clima, presença, horário, padrão de uso e tarifas de energia. Com isso, a casa passa a "ler" o comportamento do ambiente e dos usuários.
A chegada da IA generativa ampliou a naturalidade da interação. Se antes o morador precisava usar frases ensaiadas, agora a IA compreende sotaques, pausas, gírias e reconhece a intenção mesmo que a fala seja imprecisa. O sistema pode responder a comandos como “tá muito claro aqui” ou “deixa o ambiente mais aconchegante”, conectando essa percepção com o histórico e a rotina do usuário.
Os recursos mais avançados de voz — que exigem uma infraestrutura mais robusta — combinam:
- IA operando localmente;
- Perfis individuais que reconhecem quem está falando;
- Predição de rotina e integração profunda com energia, clima e segurança.
O futuro: Conversa com memória de longo prazo
Embora o Brasil ainda enfrente desafios como equipamentos com pouco processamento e internet instável, o avanço global é constante.
Lucas Souza de Freitas conclui que o futuro da voz é se tornar uma "conversa" com memória de longo prazo. "O avanço dos modelos de IA tornará o diálogo mais natural e as casas começarão a interpretar humor, rotina e nuances da fala", diz.
Os ambientes inteligentes já são uma realidade, mas a interface de voz deve assumir um papel ainda mais central, tornando-se um assistente proativo capaz de antecipar necessidades do morador.
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