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Automação por voz: de Alexa a IA preditiva, a evolução da casa inteligente

Especialista em casas inteligentes explica que o futuro da automação por voz está na IA generativa e na capacidade de prever a rotina do morador.

Avatar do(a) autor(a): Rafael Farinaccio

schedule03/12/2025, às 10:30

Automação por voz: de Alexa a IA preditiva, a evolução da casa inteligente

A automação residencial por voz está em plena evolução. De acordo com o Zipdo Education Report, 45% dos consumidores já preferem usar assistentes de voz em suas casas inteligentes e 57% dos usuários utilizam essa tecnologia diariamente, pedindo por novas tarefas.

No entanto, o uso da voz em sistemas inteligentes está longe de atingir seu potencial máximo. Lucas Souza de Freitas, especialista em automação residencial e corporativa, explica que o avanço mais significativo ocorreu na inteligência que processa os comandos, e não apenas no microfone.

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“A popularização dos assistentes de voz começou de forma tímida, limitada a pedidos diretos, quase como um interruptor falado do tipo ‘acenda a luz’”, afirma Lucas. “Hoje, estamos caminhando aceleradamente para orquestrar toda a residência com a fala”.

A evolução da conversa e da precisão

O grande salto tecnológico está no cruzamento de dados. Os sistemas atuais não apenas ouvem, mas também cruzam informações de clima, presença, horário, padrão de uso e tarifas de energia. Com isso, a casa passa a "ler" o comportamento do ambiente e dos usuários.

A chegada da IA generativa ampliou a naturalidade da interação. Se antes o morador precisava usar frases ensaiadas, agora a IA compreende sotaques, pausas, gírias e reconhece a intenção mesmo que a fala seja imprecisa. O sistema pode responder a comandos como “tá muito claro aqui” ou “deixa o ambiente mais aconchegante”, conectando essa percepção com o histórico e a rotina do usuário.

Os recursos mais avançados de voz — que exigem uma infraestrutura mais robusta — combinam:

  • IA operando localmente;
  • Perfis individuais que reconhecem quem está falando;
  • Predição de rotina e integração profunda com energia, clima e segurança.

O futuro: Conversa com memória de longo prazo

Embora o Brasil ainda enfrente desafios como equipamentos com pouco processamento e internet instável, o avanço global é constante.

Lucas Souza de Freitas conclui que o futuro da voz é se tornar uma "conversa" com memória de longo prazo. "O avanço dos modelos de IA tornará o diálogo mais natural e as casas começarão a interpretar humor, rotina e nuances da fala", diz.

Os ambientes inteligentes já são uma realidade, mas a interface de voz deve assumir um papel ainda mais central, tornando-se um assistente proativo capaz de antecipar necessidades do morador.