Alta do bitcoin: brasileiros sacam mais de R$ 10 milhões em fundos de criptomoedas
Na última semana, a principal criptomoeda do mundo chegou ao seu maior valor até então, superando os US$ 111 mil.

27/05/2025, às 18:00
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Fonte: Getty Images
Aproveitando a máxima histórica alcançada pelo bitcoin na última quinta-feira (22), investidores brasileiros resgataram mais de US$ 1,9 milhão de fundos de investimento baseados em criptoativos no acumulado da semana, o equivalente a R$ 10,7 milhões pela cotação atual. A informação é da gestora CoinShares.
Principal criptomoeda do mundo, o bitcoin alcançou o valor recorde de US$ 111.955 na data, ou mais de R$ 632 mil na conversão direta. A quantia representa um aumento de 2% na comparação com o maior valor do criptoativo registrado até então, de US$ 109.481(R$ 618 mil), um dia antes.
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Alta histórica do bitcoin: entradas x saídas
Ainda de acordo com o relatório, investidores de outros países também aproveitaram o valor do bitcoin em alta para faturar. Entre os maiores saques do período, estão os realizados na Suíça e na Suécia, com US$ 16,6 milhões (R$ 93,8 milhões) e US$ 12,1 milhões (R$ 68,3 milhões), respectivamente.
- Por outro lado, as entradas chegaram a US$ 3,3 bilhões (R$ 18,6 bilhões) ao longo da semana histórica da criptomoeda, globalmente;
- Deste total, a maioria dos aportes, de US$ 3,2 bilhões (R$ 18,08 bilhões), veio de investidores dos Estados Unidos;
- Alemanha com US$ 41,5 milhões (R$ 234,5 milhões), Hong Kong com US$ 33,3 milhões (R$ 188,2 milhões) e Canadá com US$ 10,9 milhões (R$ 61,6 milhões) são outros com aportes consideráveis no período;
- No acumulado anual, o bitcoin soma US$ 10,5 bilhões (R$ 59,3 bilhões) em entradas líquidas, um novo recorde;
- O Brasil participa com US$ 66 milhões (R$ 373 milhões) no acumulado de aportes do ano, até agora.
A CoinShares detalha, ainda, que a participação brasileira no total de ativos sob gestão chegou a US$ 1,55 bilhão (R$ 8,7 bilhões), mantendo o país na sexta posição. Neste quesito, os EUA lideram com US$ 140,3 bilhões (R$ 793 bilhões), seguidos por Canadá com US$ 6,4 bilhões (R$ 36,1 bilhões) e Suíça com US$ 6,28 bilhões (R$ 35,4 bilhões).
Vale destacar que, uma semana antes, os investidores nacionais também estavam na contramão do mercado global. Na ocasião, eles realizaram saques de US$ 3,9 milhões (R$ 22 milhões) em fundos de criptomoedas.
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O que contribuiu para o valor recorde do bitcoin?
A possibilidade de aprovação de um marco regulatório para os ativos digitais nos EUA é apontada como uma das razões para o bom desempenho do bitcoin nas últimas semanas. O Congresso tem avançado em discussões a respeito da tramitação do Genius Act, projeto de lei com as primeiras regras do país para as stablecloins.
Também conhecidas como moedas estáveis, elas são vinculadas a um ativo para controle da volatilidade, que pode ser uma moeda convencional como o dólar, commodities, metais preciosos ou até outro criptoativo forte. Dessa forma, a moeda digital consegue manter um preço mais estável.
Mesmo tendo sido alvo de críticas e alertas, o projeto recebeu a maioria de votos favoráveis no Senado dos EUA, segundo o Financial Times. No entanto, o texto precisa passar por mais duas aprovações antes de chegar à sanção pelo presidente, Donald Trump.
O movimento coincide, ainda, com o sucesso do lançamento do ETF de bitcoin à vista no país, movimentando bilhões de dólares desde o ano passado, e com o maior envolvimento de instituições financeiras tradicionais no mercado de criptomoedas, entre outros fatores.
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Especialista em Redator
Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.