Nubank completa 10 anos e mira futuro com IA generativa e novos serviços

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Imagem: Nubank/Divulgação

O Nubank completou uma década de operação neste mês de maio e mesmo tendo números superlativos como 75 milhões de clientes no Brasil, 6 mil funcionários, R$ 736 bilhões de lucro e R$ 24,8 bilhões em receita, seus fundadores defendem que a empresa “está só começando”.

Dando pontapé nas suas operações em 2013, quando o conceito de banco digital ou fintech não era tão popularizado, a empresa se orgulha de ter sido “copiada” por concorrentes. Se lá atrás o objetivo era descomplicar e desburocratizar a vida financeira das pessoas, atualmente a ideia é oferecer um leque maior de serviços e condições personalizadas.

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Em evento realizado na sede do Nubank em São Paulo, nesta quinta-feira (18), a co-fundadora Cristina Junqueira salientou que agora a instituição tem buscado crescimento em áreas segmentadas.

NubankCrescimento da receita anual do Nubank.

“Ainda vemos espaço para crescer na alta renda, e por isso vamos apostar no [cartão] Ultravioleta. Tem outro segmento que a gente tem achado superinteressante que são os menores de idade, que é esse público que precisa de ajuda para ganhar uma autonomia financeira”, afirmou.

Apontando que foi este o fator que trouxe a empresa para o atual patamar, Junqueira defendeu que os clientes continuarão sendo o centro do negócio. “Não tem nenhuma empresa que se importe e invista tanto na experiência do cliente quanto a gente”, garantiu.

Aposta em Inteligência Artificial

David Vélez, fundador e CEO do Nubank, revelou que a companhia já tem desenvolvido soluções com Inteligência Artificial (IA) generativa. Equipes internas têm trabalhado em projetos do tipo, mas o executivo preferiu não dar muitos detalhes.

Assim como em vários setores da economia, a IA é considerada uma prioridade para o banco, já que ela “abre oportunidade para democratizar acesso a serviços e produtos”, informou Vélez. E a IA do Nubank poderá ser utilizada justamente na comunicação com os clientes.

“Nós tivemos anteriormente duas grandes plataformas de evolução que foi a internet e os smartphones. Agora vamos ter uma terceira que é a IA e eu acredito que ela será a mais transformacional de todas. Inteligências artificiais vão mudar o jeito que as pessoas fazem tudo”, apostou Vélez.

NubankO cofundador e CEO do Nubank, David Vélez, revelou que a IA ajudará a criar comunicações personalizadas com os clientes.

Neste tópico, ele ainda afirmou que a nova tecnologia chegará muito mais rápido para as pessoas. Enquanto a internet banda larga demorou quase uma década para se popularizar e o smartphone levou uns cinco anos, a IA já está bastante acessível.

“Todo mundo já tem um celular no bolso, então basicamente todos já podem ter acesso [a ferramentas com IA]”, defendeu.

Pensando alto

Os executivos do Nubank afirmam que o futuro da empresa é promissor, mesmo com dificuldades como a forte concorrência e questões macroeconômicas, que inclusive obrigou a marca a fazer rodadas de demissões.

Apesar disso, eles apostam fortemente no crescimento da marca por causa de vários gargalos que não só os brasileiros possuem em relação a serviços financeiros. Neste sentido, a fintech mira outros países e não descarta até mesmo ir para o concorrido mercado bancário norte-americano.

“Já estamos nos três países mais relevantes da América Latina [Brasil, Colômbia e México] que já cobrem 65% ou 70% do PIB da região. E você começa a cair em mercados menores que não mudaram muito a equação. Ainda não temos resposta para onde a gente vai e quando”, argumentou Vélez.

NubankA co-fundadora do Nubank Cristina Junqueira disse que a empresa segue mirando alto

Sobre o cenário local, Junqueira disse que a experiência acumulada nestes dez anos não mostrou nenhum tipo de barreira intransponível na corrida com os chamados “bancões”, os bancos tradicionais.

Neste quesito, ela afirma que o principal desafio é continuar “merecendo os clientes”. Questionada sobre se daqui a algum tempo é possível que o Nubank se torne a principal instituição financeira do Brasil, a cofundadora é taxativa: “por que não?”.

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