BC reconhece erro e informa saída de US$ 3,2 bi do Brasil em 2022
O Banco Central havia divulgado o fluxo cambial do Brasil como uma entrada líquida de US$ 9,574 bilhões, mas o correto foi uma saída de US$ 3,2 bi

Por Jorge Marin
27/01/2023, às 08:10

Fonte: Shutterstock
Imagem de BC reconhece erro e informa saída de US$ 3,2 bi do Brasil em 2022 no tecmundo
O Banco Central reconheceu na quinta-feira (26) um erro bilionário que fez com que a instituição divulgasse, por engano, o resultado cambial das contas brasileiras como entrada de US$ 9,574 bilhões, quando na verdade o que ocorreu foi uma saída de US$ 3,233 bilhões no ano de 2022.
De acordo com a autoridade monetária, a revisão da diferença de US$ 12,8 bilhões — o equivalente a R$ 65 bilhões — ocorreu depois que o BC identificou um erro no volume nas contratações de câmbio para importação no ano passado.
O fluxo cambial de um país é um balanço entre o total de moedas estrangeiras que chegam e saem em determinado período. O BC divulga mensalmente esses valores desde 1982. Quando saem mais dólares do que entram — como ocorreu no Brasil no ano passado — o resultado é uma saída líquida. Quando ocorre o contrário, há uma entrada líquida.
O que disse o Banco Central?
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"Por falha na rotina de compilação, nem todos os códigos de natureza cambial que entraram em vigor em outubro de 2021 foram incluídos no processo de apuração das estatísticas de câmbio contratado. Assim, algumas naturezas cambiais foram indevidamente desconsideradas", disse o BC em nota.
De acordo com a autarquia federal, o furo bilionário estava no volume de contratações de câmbio para importação. O volume contratado na rubrica foi de US$ 250,9 bilhões em vez dos US$ 238,1 bilhões registrados anteriormente.
Com a redução da diferença de US$ 12,8 bilhões o fluxo cambial brasileiro passou de positivo a negativo no ano de 2022.

Por Jorge Marin
Especialista em Redator
Redator do Mega Curioso e do TecMundo, Jorge Marin escreve sobre Ciências e Tecnologia desde 2019, conectando conhecimento acadêmico com experiências humanas do dia a dia. É psicólogo, cinéfilo e botafoguense inveterado.