Brasil e Argentina podem dar início a moeda comum na América Latina

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Imagem: Casa Rosada/Reprodução

O Brasil e a Argentina discutem a possibilidade de formar uma moeda comum para transações financeiras e comerciais, segundo artigo coescrito pelos presidentes dos países, Luiz Inácio Lula da Silva e Alberto Fernández, no jornal argentino Perfil, que marca o “relançamento de uma aliança estratégica”.

Os dois países estudaram fundir suas moedas por décadas para conter a influência do dólar na região, mas enfrentaram obstáculos políticos e econômicos para a ideia. A proposta mais recente surge no momento em que a Argentina enfrenta uma alta inflação. No Brasil, a economia deve registrar um crescimento abaixo de 1% em 2023, segundo projeção do Banco Central.

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Apesar disso, o afinamento de política econômica entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Alberto Fernández e outros líderes nacionais da região pode ajudar a tirar a ideia do papel em um momento em que a economia global busca diminuir a sua dependência do dólar dos Estados Unidos.

A proposta foi divulgada um dia antes da realização da 7ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), marcando o retorno do Brasil ao grupo formado por mais de 30 países do continente.

Integração econômica

Primeira visita do novo presidente brasileiro tradicionalmente é para a Argentina. (Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações/Reprodução)Primeira visita do novo presidente brasileiro tradicionalmente é para a Argentina. (Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações/Reprodução)Fonte:  Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações/Reprodução 

Os dois países são as maiores economias da América do Sul e juntas respondem por mais de 40% do PIB região. A nova moeda comum, batizada de “Sur”, funcionaria inicialmente em paralelo com o real brasileiro e o peso argentino, principalmente nos fluxos financeiros e comerciais, e outros países da região seriam convidados a aderir posteriormente.

O Uruguai e o Paraguai, por fazerem parte do Mercosul, possivelmente entrariam no plano. Outras grandes economias regionais, como Venezuela, Colômbia e Chile podem aderir ao movimento. A adesão do México é menos provável, mas não descartada. Juntas, todas essas nações respondem por outros 40% da produção da riqueza na América Latina.

“A reindustrialização terá uma atenção especial nas nossas economias, com a geração de emprego de qualidade e investidores em inovação”, defendem Lula e Fernandéz. A integração entre as cadeias produtivas ajuda a mitigar o impacto de crises externas, como as produzidas pela pandemia e pela guerra na Ucrânia.

Aliança com União Europeia

A União Europeia tem acordos de livre comércio com vários países da América Latina, incluindo o Mercosul. A aliança entre a UE e a América Latina continua a ser importante para ambas as partes, com o objetivo de aumentar a cooperação econômica e política para o desenvolvimento econômico e social sustentável.

Entretanto, um acordo bilateral entre os dois blocos econômicos estava parado por conta da preocupação europeia com a questão ambiental no Brasil. Com o novo posicionamento do governo federal e a recriação do Fundo da Amazônia, esses obstáculos parecem ter sido removidos.

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