A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou nesta sexta-feira (23) o resultado de uma nova pesquisa que mostra a vulnerabilidade em TV Box piratas. De acordo com o levantamento, os TV Box permitem que agentes maliciosos tenham acesso irrestrito aos dispositivos.
O novo relatório serve de complemento a um divulgado no ano passado. Os testes de 2021 mostraram que os produtos falsificados possuem softwares maliciosos que são capazes de permitir que criminosos assumam o controle do TV box para a captura de dados e informações dos usuários, como registros financeiros ou arquivos e fotos que estejam armazenados em dispositivos que compartilhem a mesma rede.
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“Além da presença de malwares, foram identificadas falhas de segurança no processo de atualização dos aplicativos, permitindo que toda a informação trocada seja capturada e modificada por um atacante mal-intencionado e possibilitando, assim, a instalação de aplicativos maliciosos nos dispositivos”, explicou o conselheiro da Anatel Moisés Moreira sobre as pesquisas de 2022.
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Realizados em conjunto com técnicos da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), os novos testes da Anatel foram feitos no modelo engenharia reversa. Com a ampliação de modelos de TV Box analisados foi possível constatar como uma invasão pode ser realizada.
Na prova de conceito, a Anatel verificou que equipamentos que estavam conectados na mesma rede do dispositivo TV Box podem ser “invadidos e neles foram realizadas a execução remota de aplicativos, ações de captura de tela (screenshot), visualização e gravação em tempo real da tela do usuário (screenshare), sem que o usuário pudesse perceber”, explicou Hermano Tercius, superintendente de Fiscalização da Anatel.
Após as novas constatações dos riscos que os consumidores correm ao comprar TV Box piratas, a Anatel salientou que aparelhos não homologados que recepcionam sinais de TV a cabo ou streaming protegidos por direitos autorais são ilegais. “Tanto a comercialização quanto a utilização de produtos para telecomunicações irregulares são passíveis de sanções administrativas que podem ir de advertência a multa, além da apreensão dos equipamentos”, destacou a agência reguladora.
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