Parlamento rejeita a proibição do bitcoin na União Europeia

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A proposta que poderia resultar no banimento do bitcoin em países da União Europeia (UE) acabou sendo rejeitada em votação no Comitê de Assuntos Econômicos e Monetários do bloco, realizada na segunda-feira (14). O pleito no Parlamento Europeu terminou com votação apertada a favor da criptomoeda (30 a 23).

O texto colocado em discussão propunha uma regulação mais rígida para o criptoativo, tendo como argumento principal o uso exagerado de energia na mineração de bitcoins. A ideia era proibir as moedas digitais baseadas no modelo de consenso da prova de trabalho (PoW), que exige um alto poder de computação para a quebra dos códigos criptográficos.

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Conforme os defensores do plano, os modelos do tipo Proof of Stake (PoS), no qual não há mineradores e a verificação das transações ocorre por meio de “validadores”, é muito mais sustentável. Ou seja, ele faz o mesmo que o modelo PoW e os serviços financeiros tradicionais, mas sem o alto gasto energético do primeiro.

O alto poder computacional exigido para minerar bitcoins resulta em gastos exagerados de energia.O alto poder computacional exigido para minerar bitcoins resulta em gastos exagerados de energia.Fonte:  Pixabay 

Dessa forma, eles queriam tornar o mecanismo PoS — utilizado por Solana, Bezos e outras criptomoedas — o modelo padrão no bloco europeu. Se aprovada a proposta, todos os criptoativos em negociação na UE precisariam se sujeitar aos padrões mínimos de sustentabilidade ambiental definidos pelo Parlamento.

Bitcoin x moedas convencionais

De acordo com estimativa do DigiEconomist, uma transação com bitcoin gasta 2.258 kWh, em média, enquanto uma operação convencional realizada com cartão Visa exige apenas 1,5 kWh. A diferença de gasto energético entre os dois mecanismos seria o suficiente para abastecer uma casa nos Estados Unidos durante 2,5 meses.

Outros cálculos apontam que a mineração da criptomoeda mais popular do mundo gaste o mesmo tanto de energia que países como Holanda, Finlândia, Dinamarca e Chile. Embora contestados, os dados têm levado a uma pressão cada vez maior contra as moedas digitais, diante do agravamento da crise climática.

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