Carteira digital de yuans da China tem 261 milhões de usuários

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Imagem: e-CNY/captura de tela

Em uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (18), o chefe de mercados financeiros do Banco Popular da China (PBOC), Zou Lan, afirmou que cerca de um quinto da população chinesa possui carteiras e-CNY, uma wallet disponível na forma de blockchain, na mesma rede do yuan digital. Segundo o executivo, isso representa, em números reais, 261 milhões de usuários pessoas físicas, com 87,5 bilhões de yuans (R$ 76 bilhões) em transações feitas.

Embora seja uma moeda digital, operada por aplicativo, essa forma de yuan nada tem a ver com as criptomoedas, que foram proibidas na China, por serem consideradas voláteis, especulativas e instrumentos de lavagem de dinheiro. O e-CNY vai na direção oposta, pois representa uma versão digital garantida pelo Estado, do dinheiro já em circulação. Ou seja, é a materialização do conceito “M0” que é a base monetária restrita do país.

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Com uma versão de testes lançada há dois anos na China, a carteira e-CNY, que permite fazer pagamentos eletrônicos mesmo sem internet, era tão disputada, que o governo fez inicialmente um sorteio para escolher os testadores. No entanto, no início deste ano, o PBOC liberou o aplicativo nas lojas iOS e Android da China, onde se tornaram os aplicativos mais baixados.

Como usar o e-CNY chinês?

Fonte: SCIO China/Divulgação.Fonte: SCIO China/Divulgação.Fonte:  The State Council Information Office of the People's Republic of China 

Embora o yuan digital apresente um discurso oficial que promete diversificar as formas de dinheiro em poder do público, apoiar a concorrência leal e incentivar o pagamento transfronteiriço, isso não significa que os usuários podem simplesmente baixar o app e sair fazendo pagamentos. Por enquanto, apenas um grupo de pessoas de uma lista de cidades-piloto e de locais dos Jogos Olímpicos de Inverno poderão se inscrever.

Para transformar dinheiro vivo em e-CNY, os usuários precisam transferir o valor através de um dos bancos comerciais autorizados pelo PBOC a operar e circular moedas digitais, aí incluídos os bancos exclusivamente digitais, como WeBank, da Tencent, e o MyBank, do grupo Ant, fintech do Alibaba.

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