PicPay quer ser superapp do Brasil

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Nascido como um aplicativo financeiro para facilitar transações bancárias, o PicPay está caminhando para se tornar um “superapp”, solução que integra diversos serviços em apenas um lugar. Segundo Luiz Fernando Diniz, chefe de Social da startup, a empresa quer abraçar cada vez mais funções, principalmente de redes sociais, e ser a casa de interações que aconteceriam em outras plataformas, como o WhatsApp.

Em entrevista ao TecMundo, o executivo da empresa deixou claro que a empresa visa ser um “WeChat brasileiro”. O aplicativo chinês é conhecido por englobar serviços de pagamento, marketplace e também funções sociais, tudo em apenas um aplicativo. Diniz ressalta que as limitações governamentais do mercado chinês facilitam a criação de uma plataforma do tipo, o que é bem diferente no Brasil. Porém, o PicPay se diz preparado para concorrer com outros gigantes e tentar um lugar ao sol entre os “superapps”.

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Em 2021, a plataforma de pagamentos investiu em novos recursos de mensagens e interações sociais. A empresa já apostava no segmento como um diferencial há anos, o feed com atualizações está disponível desde 2016, mas percebeu uma ligação entre interações sociais e pagamentos.

PicPay

Segundo Diniz, 15% dos pagamentos realizados no PicPay geram conversas na nova divisão de mensagens, um bom motivo para a empresa seguir investindo no negócio. Além disso, a chegada do Pix, que possui uma função de recado, também impulsionou a importância do chat: quando um pagamento do novo sistema chega na plataforma, o aplicativo permite continuar a conversa na seção de DMs.

Roubando conversas do WhatsApp

Com o investimento em recursos sociais e o objetivo de se tornar um superapp, o PicPay até mesmo pretende surrupiar algumas interações entre usuários que ocorreriam em outros apps. O chefe da divisão de Social da plataforma explica que a plataforma não quer ser o local em que você recebe “mensagens de Bom Dia”, mas pretende ser o local para conversas sobre pagamentos e transações bancárias.

De acordo com Diniz, a inclusão de recursos como mensagens e chats em áudio permite que os usuários realizem interações sem sair do PicPay. Com isso, é inevitável que a empresa não acabe cruzando o caminho de plataformas como o WhatsApp, que também está adotando mecanismos de pagamento.

“Queremos diminuir passos e tornar a jornada de pagamentos mais simples”, explica o representante do PicPay. “Então, claro, existe um ponto de sobreposição onde acabamos tirando conversas do WhatsApp”. Ainda assim, Diniz esclarece que existe uma grande diferença entre os apps.

Mesmo estando em uma zona cinzenta quando o assunto são mensagens, o PicPay pretende investir em segurança para se tornar um app social mais completo. A solução de chat do aplicativo ainda não possui criptografia de ponta-a-ponta como o WhatsApp, mas o recurso chegará futuramente. Enquanto isso, Diniz não vê problema na ausência, visto que o aplicativo possui “segurança de banco” e a empresa busca priorizar soluções para proteger transações bancárias. “O PicPay se destaca pela segurança financeira e todas essas camadas acabam sobrepondo e defendendo as mensagens.”

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