Roku consegue dobrar receita, mas horas de streaming caem

A Roku, que atua no mercado de streaming, apresentou um faturamento de US$ 532 milhões durante o segundo semestre de 2021, segundo balanço divulgado pela empresa nesta quarta-feira (04). O resultado representa um crescimento de 117% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. O lucro bruto ficou em US$ 338 milhões, um aumento de 130% na comparação anual.

O desempenho excepcional da monetização na plataforma foi o grande impulsionador da receita da companhia de abril a junho. Nos três meses, a Roku dobrou os anúncios em seu serviço de transmissão de vídeo. A empresa afirma que a migração dos anunciantes da TV tradicional para o streaming é uma tendência de longo prazo.

O número de contas ativas alcançou 55,1 milhões, um acréscimo de 1,5 milhões em comparação ao primeiro trimestre de 2020. No entanto, os analistas da Morgan Stanley esperavam que a Roku chegasse ao final de junho de 2021 com 56,2 milhões de contas. A receita média por usuário cresceu para US$ 36,46, um aumento de 46% nos últimos 12 meses.

Durante o segundo trimestre de 2021, foram transmitidas 17,4 bilhões de horas de vídeo pela plataforma, o que significa uma redução de 1 bilhão de horas de streaming em relação ao período de abril a junho de 2020. A Roku atribuiu a queda ao “aumento das atividades de entretenimento fora de casa” devido ao afrouxamento das restrições por conta da covid-19.

Resultado desagradou o mercado

Queda na margem bruta do setor de hardware decepcionou o mercado financeiro. (Fonte: Roku/Reprodução)Fonte:  Roku/Reprodução 

Apesar do crescimento na receita e no lucro, as ações da Roku apresentaram forte recuo de 8% no pregão da Nasdaq após divulgação do balaço. O mercado financeiro ficou insatisfeito com a desaceleração no crescimento do número de contas ativas e a redução do número de horas de transmissão.

Além disso, a Roku apresentou uma margem bruta negativa de 5,9% em seu segmento de hardware. A empresa atribuiu o resultado à decisão de não repassar para os consumidores o encarecimento dos custos de envio e de componentes eletrônicos.