Ericosson, rival da Huawei no 5G, condena banimento da chinesa

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Imagem: Reuters
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Os Estados Unidos estão pressionando aliados a banirem a Huawei de suas redes 5G, e a Suécia foi um dos locais que aderiu a essa ideia. Após o país confirmar que deixará a fabricante chinesa de fora de sua nova infraestrutura de rede, o CEO da companhia sueca Ericsson saiu em defesa da rival.

Em entrevista ao Financial Times, o comandante da Ericsson, Borje Ekholm, disse que o banimento da Huawei na Suécia é prejudicial para o desenvolvimento do 5G no país. Segundo o executivo, a ausência da fabricante chinesa no mercado sueco restringe a competição e, consequentemente, desacelera o crescimento da tecnologia.

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Borje Ekholm, CEO da EricssonBorje Ekholm, CEO da EricssonFonte:  Wikimedia Commons 

"Faço parte da categoria que acredita que a concorrência torna as empresas melhores a longo prazo", explica o comandante da empresa sueca. "Pode ser doloroso a curto prazo, mas isso nos leva a ser inovadores e a criar produtos melhores para os clientes."

Europa ficando para trás

Além de ser prejudicial para o desenvolvimento do mercado, o CEO da Ericsson acredita que o banimento da Huawei pode desacelerar a implementação do 5G na Europa. Com isso, o continente pode ficar para trás no mercado e perder espaço para países da Ásia e Américas.

De acordo com Borje Ekholm, os Estados Unidos e a China foram rápidos na implementação do 4G e, atualmente, o mercado de apps é liderado por empresas vindas dos dois países. "O 5G será similar, mas com [o mercado] empresarial", explica. "Frear a chegada do 5G é um risco para a economia."

Segundo um relatório divulgado pela Ericsson recentemente, o mercado de 5G pode valer até US$ 31 trilhões em 2030, com uma fatia de US$ 131 bilhões provenientes de serviços digitais, incluindo jogos e aplicativos de realidade virtual. "A Europa está arriscando ficar para trás novamente", destacou Ekholm.

O governo da Suécia baniu a Huawei da construção do 5G citando preocupações com "roubo de tecnologia" e "coleta de inteligência", motivos constantemente utilizados pelos Estados Unidos para restringir a atuação da empresa chinesa. A participação da fabricante na implementação do novo padrão de rede ainda está sendo discutida no Brasil.

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