eSocial: sistema do governo federal apresenta falhas graves
Para não serem multadas por atraso de envio, empresas tiveram que informar as declarações de contratações e demissões feitas em janeiro através do cadastro antigo
12/02/2020, às 19:00
A nova versão do eSocial, sistema do governo federal para registro de informações trabalhistas e previdenciárias, tem apresentado falhas já no primeiro mês de funcionamento.
O objetivo é que ele substitua outras bases progressivamente, como a Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social (Gfip), o Caged e a Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
De acordo com O Diário do Comércio, a substituição do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) pelo Sistema de Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) teve que ser interrompida.
Na quinta-feira passada (6), problemas com o eSocial começaram a ser relatados, como informa a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Conselho Federal de Contabilidade. No entanto, em 27 de janeiro, a coordenadora de cadastros administrativos do Caged, Rosangela Jardim, publicou um comunicado informando que “problemas no envio de eventos” estavam ocorrendo.
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Na publicação, ela recomendou que até que seja feita uma correção definitiva das falhas no sistema, as empresas deveriam usar o cadastro antigo. Segundo ela, o sistema deve voltar à normalidade em até um mês.
Essa recomendação só foi possível devido a uma portaria publicada pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, em outubro de 2019, que determinou a desobrigação do uso do Caged a partir de janeiro deste ano para empresas dos grupos 1 e 2.
As declarações de contratações e demissões feitas em janeiro deveriam ser comunicadas ao governo até sexta-feira (7), no entanto as empresas foram impossibilitadas de utilizar o sistema e recorreram ao cadastro antigo. Aproximadamente, 265 empresas e suas filias foram afetadas por esse imprevisto.
Vale dizer que o eSocial não é o único site do governo que vem apresentando falhas. Além dele, sites como INSS, Receita Federal, Dataprev, Ibama e até de universidades federais também estão sendo alvo de reclamações.