CEO da Amazon é recebido na Índia aos gritos de 'Bezos, go back'

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Jeff Bezos quer a Índia, mas a Índia não quer Jeff Bezos — e deixou isso bem claro assim que o CEO da Amazon pisou no país para uma visita de 3 dias. A rejeição não diminuiu nem com o anúncio de que ele planeja investir US$ 1 bilhão na inserção de pequenas e médias empresas na web.

Os comerciantes indianos não estão se deixando convencer, e os números explicam por quê. Desde julho de 2019, mais de 50 mil pequenos negócios fecharam por conta da política agressiva de preços e descontos praticada pela Amazon e pela Flipkart, empresa do grupo Walmart.

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Nem mesmo a promessa de que usará a logística global da empresa para exportar US$ 10 bilhões em produtos indianos até 2025 esfriou os ânimos. Lojistas foram ontem às ruas de 300 cidades, convocados pela Confederação dos Comerciantes da Índia (Cait, na sigla em inglês), para protestar contra as práticas comerciais da Amazon.

Para tentar conter a onda de falências, em 2019 o governo indiano criou leis que restringem empresas estrangeiras de venderem o estoque de suas subsidiárias. Mas nem isso deteve o fim de milhares de pequenos negócios.

Investigação antitruste

A Comissão de Concorrência da Índia (CCI), órgão regulador antitruste, abriu no dia 13 uma investigação sobre práticas anticompetitivas da Amazon e da Flipkart (ambas dominam o mercado de comércio eletrônico da Índia). A medida foi tomada depois de uma denúncia da associação de comerciantes Delhi Vyapar Mahasangh de que as duas empresas norte-americanas teriam fechado acordos com marcas de celulares para venda exclusiva em suas redes. Ambas negaram as acusações.

Em 2016, a Fortune retratou Bezos como a divindade hindu Vishnu, o que despertou a ira dos indianos. A revista pediu desculpas. (Fonte: Fortune/Reprodução)

A investigação deve levar 2 meses para ser concluída. Se forem condenadas, Amazon e Flipkart poderão enfrentar multas pesadas: em 2012, 10 empresas multadas pela CCI pagaram US$ 1 bilhão por formarem um cartel de cimento.

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