Huawei: chefe de finanças de Trump pede adiamento do boicote

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A restrição imposta pelo governo Trump à Huawei, que vem recebendo cada vez menos tecnologia dos norte-americanos em resposta à suposta espionagem em seus aparelhos, pode ser revista ou adiada em breve. Isso é o que quer Russell T. Vought, diretor em exercício do Escritório de Administração e Orçamento da Casa Branca (OMB), em inglês.

Algumas empresas gringas solicitaram licenças para continuar comercializando seus produtos com a Huawei

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Em carta enviada ao vice-presidente e novos outro membros do congresso estadunidense, Vought afirmou que a medida poderia dar mais tempo para as companhias se ajustarem ao banimento. “A administração (federal) acredita, com base no feedback das partes interessadas e afetadas, que este trabalho preparatório adicional garantirá melhor implementação efetiva da proibição, sem comprometer os objetos de segurança.”

Algumas empresas norte-americanas solicitaram licenças que permitem continuar comercializando produtos para a Huawei, sob a justificativa de que o boicote pode prejudicar resultados financeiros e a própria capacidade de inovar. A Google também teria alertado o governo sobre possíveis problemas de segurança, em decorrência dessa ação.

huaweiFonte: News FirstFonte: News first

Já ontem (9) à noite, Jacob Wood, porta-voz do OMB, mudou um pouco o tom do discurso. Ele afirmou que a ideia não seria adiar a proibição à China ou à Huawei. “Trata-se de garantir que as empresas que fazem negócios com o governo dos Estados Unidos ou recebam verbas e empréstimos federais tenham tempo de se livrar de negócios com a Huawei e outras empresas de tecnologia chinesas listadas”.

Caso esse adiamento seja aprovado, o banimento teria efeito somente daqui três anos e um mês. Assim, ele poderia até mesmo ser revisto caso Trump não seja reeleito, pois o próximo presidente poderia simplesmente rejeitá-lo.

China se reuniu com gigantes e prepara represália

Embora o discurso da Huawei tenha se mantido mais pacífico, sempre em busca de diálogo ou acordos, o do governo chinês é tão incisivo quanto o de Trump. O país já havia alertado sobre “respostas à altura” e vem também impondo taxas sobre os produtos norte-americanos no país. Agora, após uma reunião com as gigantes do setor, a represália foi confirmada.

Os orientais falaram pessoalmente com executivos de companhias ianques como Dell e Microsoft, além da sul-coreana Samsung, para adverti-los de que qualquer redução de suas operações na China vai gerar represálias, de acordo com o The New York Times.

Como os asiáticos são grandes fornecedores de componentes eletrônicos, eles fazem questão de destacar que a decisão do mandatário estadunidense já vem afetando a cadeia mundial de abastecimento. E mais: as empresas que seguirem essa política “podem enfrentar consequências permanentes”.

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