França terá novo tipo de teclado com ajuda de algoritmo

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Franceses e ingleses compartilham o mesmo alfabeto de 26 caracteres, mas sotaques, símbolos e pontuação era um desafio para o francês, uma vez que o layout do teclado era para falantes do inglês. A solução que eles encontraram até o momento, foi aprender e se adaptar, mesmo com algumas dificuldades. Em 2015, o governo francês declarou oficialmente a preocupação em mudar o design do teclado, para otimizar e facilitar a digitação dos franceses.

Graças aos pesquisadores liderados pela Universidade Aalto em Helsique, Finlândia, através da criação de um algoritmo, foi possível desenvolver o primeiro layout de teclado otimizado para os falantes do francês. Teclados em inglês apresentam o layout QWERTY, nomeado como as primeiras seis letras são organizadas. Já na França e outras nações europeias, eles não negam que o design preferido é o AZERTY.

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Fonte: Cherry

Quando estamos acostumados com um teclado, sabemos que a readequação de outro layout pode ser fatal, se essa mudança não for bem pensada, até porque ela interferirá na memória muscular que os usuários do AZERTY acumulam há anos. O desenvolvimento do algoritmo teve a colaboração do Instituto Max Planck de Informática, centro Inria Lille e ETH Zurich, alimentado por modelos estatísticos da moderna língua francesa.

Foram analisadas mais de 900 pessoas de diferentes idiomas e nacionalidades, de acordo com seus estilos de digitação para saber o tempo real que demoravam para digitar. Além disso, os pesquisadores estudaram mídias sociais, artigos de jornal, e-mail e até código de programação para auxiliar a construir o novo modelo.

O algoritmo não foi o único responsável pelo design do novo layout que, agora inclui 60 novos caracteres e acentos franceses mais usados reorganizados em grupos, facilitando o acesso.  

Mathieu Nancel, pesquisador do centro Inria Lille, afirmou que outro objetivo do projeto era tornar novos conjuntos de caracteres e símbolos utilizáveis mais acessíveis ao escrever documentos técnicos e especializados, como letras do alfabeto grego ou símbolos matemáticos.  

A pesquisa tem outro propósito além de facilitar a vida das pessoas na hora de digitar, mas o principal é ajudar os franceses a preservar sua própria língua e enriquecer ainda mais com as adaptações de caracteres únicos, pontuação e acento. Com o algoritmo, não só os franceses poderiam ser beneficiados, mas sim qualquer outro idioma, uma vez que ele pode gerar diversos layouts, podendo, inclusive, melhorar o próprio QWERTY, considerando os novos caracteres que a internet ajudou a popularizar.

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Fontes

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