Mercado de PCs no Brasil desacelera com dólar alto e eleições

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O IDC identificou uma desaceleração no mercado de PCs no Brasil no terceiro trimestre de 2018. Houve um crescimento de 14% nos primeiros três meses deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, e outro aumento de 21% no segundo trimestre. No terceiro, entretanto, o aumento foi de apenas 0,5%. Os dados foram liberados nesta sexta-feira (21).

São pelos menos três fatores importantes para o baixo crescimento de acordo com o IDC. Com o dólar alto, os equipamentos ficaram caros no Brasil, mesmo aqueles fabricados localmente, pois usam vários componentes importados.

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A pausa no movimento do governo devido às eleições já era esperada, se concretizou e impactou no resultado

As Eleições também tiveram um impacto na venda de aparelhos corporativos e gerou insegurança no consumidor em geral por conta da alternância na presidência. O terceiro fator seria a “falta do FGTS”.

No terceiro trimestre do ano passado, a liberação de contas inativas para trabalhadores deu uma boa empurrada no mercado de PCs. Como não há esse tipo de recurso neste ano, não observamos um bom crescimento.

“A pausa no movimento do governo devido às eleições já era esperada, se concretizou e impactou no resultado. Os preços também subiram neste período por conta do dólar”, comentou Wellington La Falce, analista de pesquisa da IDC Brasil.

Preço e receita maiores

Por outro lado, o ticket médio, o preço médio dos computadores vendidos no país, aumentou. Houve um crescimento de 20% no valor médio pago por notebooks nesse período e de 7% no de aparelhos desktop. Assim, os portáteis custaram cerca de R$ 2.877 e os de mesa R$ 2.274.

Foram arrecadados R$ 3,7 bilhões na venda de PCs em todo o país no terceiro trimestre do ano, um aumento de 17%

Isso também garantiu uma receita melhor em 2018 para esse segmento da indústria de tecnologia no país. Foram arrecadados R$ 3,7 bilhões na venda de PCs em todo o país no terceiro trimestre do ano, um aumento de 17% na comparação com 2017.

O aumento de preços, consequentemente, também ajudou a segurar o crescimento do setor. “O consumidor brasileiro é bem sensível a preço e certamente essa alta pesou em suas decisões de compra, impactando o movimento do varejo”, explicou La Falce.

Com isso em mente, o consumidor brasileiro pode ter deixado a troca de PC para depois, considerando que as promoções de Natal e a Black Friday comumente são as últimas boas oportunidades de compra no ano. Contudo, a IDC espera que o quarto trimestre de 2018 seja de retração, caindo 4,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.

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