Para Uber, valor cobrado do passageiro não influencia no pago ao motorista

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A Uber está envolvida em uma nova polêmica envolvendo questões trabalhistas. Desta vez, a companhia foi levada à Justiça por um grupo de motoristas que acusam a empresa de pagar aos trabalhadores que oferecem corridas pelo app um valor inferior àquele cobrado dos passageiros que solicitam uma carona paga.

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Para a companhia, entretanto, a ideia de que o pagamento feito aos motoristas acontece com base na quantia paga pelo usuário é uma “interpretação equivocada dos termos de acordo” aceitados por quem oferece o serviço de carona paga por meio do app.

“As alegações da parte queixosa [de que a Uber paga menos do que deveria] são baseadas na noção de que, uma vez que a Uber implementou os Preços Antecipados para os passageiros, era obrigatório sob os termos de acordo alterar o cálculo da taxa paga aos motoristas”, sustenta a companhia em um pedido de arquivamento do processo submetido à Justiça. “Essa conclusão se sustenta em uma interpretação equivocada dos termos de acordo.”

Motoristas querem ser ressarcidos por receberem da Uber menos do que a companhia cobra de cada passageiro por uma corrida

Os motoristas em litígio com a Uber nos tribunais alegam que o valor indicado de forma antecipada pelo aplicativo quando alguém solicita uma corrida envolve o caminho mais longo e demorado. Como o motorista recebe apenas por quilometragem percorrida e por tempo pelo qual ele de fato carregou o passageiro, a diferença entre o que é pago pelo usuário e recebida pelo trabalhador ficaria com a empresa.

A empresa se defendeu ainda dizendo que o preço antecipado é "um risco para a Uber, não para o motorista", afinal a viagem pode sair de fato mais longa e demorada, portanto mais cara, do que a quantia cobrada no cartão do passageiro. Em suma, em nenhum momento a Uber negou as acusações, mas apenas reafirmou que as suas práticas estariam respaldadas no contrato de uso e ainda colocou a si mesmo em uma "posição de risco" graças ao seu modelo de negócio.

E o imbróglio deve se arrastar por pelo menos mais dois meses e meio, porque uma audiência está marcada para o dia 1º de dezembro. Os motoristas pedem ressarcimento dos valores a que eles acreditam ter direito.

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